quarta-feira, 7 de março de 2018

A ORIGEM DO AMOR EROS



No principio de tudo, desistir nunca foi uma escolha, tristeza nunca foi opção, pois, naquele jardim o mal ainda não havia invejado nosso amor. E um terço das estrelas ainda estavam no céu. Sou menino Sol, e eu vi as coisas a seguir com meus próprios olhos naquele Éden distante. E senti que alguma coisa também faltava em mim, por isso, renunciei minha função, e desejei descer para viver este amor de perto. Deus permitiu e estou aqui! Há um propósito, há uma parte de mim, perfeita, mas, ainda é início, então, não esperem demais. Podem se machucar... Eu não, já estou machucado desde da criação do mundo, então leiam... Boa sorte!

No princípio...

Era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus! Tudo se fez por intermédio das palavras de Deus. Sem elas, nada se faria. Mesmo assim, os seus em um futuro distante, rejeitaria o verbo encarnado. Deus, no poder das palavras, fez surgir o Sol. Foi manhã o dia primeiro, e o Divino percebeu que a luz era boa e as trevas má e os separou. 

Criou luminares no céu, com a importante missão de serem canais de luzes em meio as trevas. Pelo poder da palavra, foi criada a triplice amizade sagrada celestial. Menino Sol, Jovem Estrela e Garota Lua, cada um com sua função. O Sol, cuidaria das manhãs com brilho intenso e luz própria, desta forma estaria sempre só.

Seguiria solitário e aqueceria todos com sua energia. A Jovem Estrela precisava manter suas estrelinhas no lugar, para auxiliar a Garota Lua, que era um satélite natural que carecia da energia solar para iluminar densas trevas. Eles se ajudavam, mesmo diante de longas distâncias. Cada um sabia sua função, e cooperavam entre sí para amar a criação e ajudar à sobreviverem.

Assim que o dia amanheceu no mar alto da paixão, surgia um menino no céu, para seu primeiro dia de trabalho. Estava nervoso, tenso, com receios, medos. Mas, precisava cumprir seu papel. Quando foi elevada sua chama, explodiu de energias selvagens nos céus dilacerou o mal e afastou o clima ruin das trevas, apenas com alegria e brilho, ele sabia ser sútil, tinha potencial aquele menino.

Se vocês pudessem ver a terra vibrar naquele dia primeiro, não desejariam retornar. Eu estava lá, eu vi tudo do alto de uma montanha. O Divino me transportou em suas asas, eu era o menino sol. Tudo estava apenas começando. Quando fui elevado mais alto por Deus, e olhei para baixo, foi inacreditável. Consegue imaginar a composição de mais de um centilhão de fotossinteses em um mesmo instante? Foi o primeiro show de química, ao vivo e a cores! Foi perfeito!

As copas das àrvores balançavam folhas e galhos, aplaudiam aquele teatro nos céus, era uma apresentação e tanto do Grande Criador do Universo. O Divino era tão detalhista e concentrado, também, não se esperava menos D'ele. Os ventos dançavam nos ares com mil espécies de flores, era mágico, fascinante! Que fruto saboroso era estar naquela função Divina de iluminar a terra.

Mil pásssaros rasgaram os céus, e o ventos fizeram Ual... sobre fauna e flora! O planeta parecia brindar a criação, aplaudindo de pé e sem parar as obras explendidas do verbo! Tudo era perfeito ali na criação do mundo. Tudo era magnifico, tanto quanto tão belo poderia ser! E eu era o primeiro romantico assistindo de camarote todo aquele show de existência!

Enfim, a primeira noite se fez. As densas trevas vieram como grandes ondas no lindo céu azul. Traziam consigo espanto noturno, mistérios, calafrios gélidos, terror ao desconhecido, assombração por onde passava. A criação prefiriu dormir por sentir profundo medo acordado, a Lua estava atrasada no primeiro dia de trabalho e a criação sem saber o que fazer.

Até que a minguada, começou a elevar-se e a crescer, iluminando tudo e todos se fez cheia, até ser nova sobre todos ali. As quatro fazes foram vividas de uma vez só pela garota Lua, depois, ela aprenderia a controlar suas fases. Mas, foi lindo. Olha, parabéns, para uma garota, você parece muito madura! Você é linda! Você é linda Lua. E foi assim aquela noite...

A Lua estava exaltada, então, fez brilhar ferozmente lá nas celas daquelas dores, para que a criação adormecida pudesse sonhar e até que se fizesse o calor de uma nova manhã. O Menino Sol, olhou por trás das montanhas curioso para ver a lua, ela rápidamente se escondeu, achava que havia atrasado a partida e o dia amanheceu antes da hora. risos.

No alto de montanhas um ser Alado observa tudo. Comentavam na reunião dos ares, que ele era o amigo de Deus, guardião das luzes. Chamavam de Anjo. Ele era todo iluminado como cristais sobre brilhos solares. Suas asas era de uma espécie de metal reluzente, em seus pés existiam brasas e ele era enorme. Lembro como se fosse hoje, ele parecia inquieto e voôu na velocidade da luz, como cometa para os céus. Tive medo pela primeira vez.

Mas, as àguas pareciam cantar, elas me fizeram esquecer aquela desfoque cena. Despencavam cachoeiras abaixo, abrindo veias nas terras, saciando as sedes de florestas inteiras e desaguavam no mar... Shua...Risos. Era legal pra caramba. Sério era muito legal. Quando eu dentrava elas com meu calor, elas gritavam, uiii... e se lançavam velozmente nos oceanos. Gente que lindo, maneiro!

Antes da criação de humanos, todos eram felizes no Éden distante. Não que humanos fossem maus, mas, o mal já havia surgido nas moradas celestiais e aguardava um motivo para se revelar e rebelar contra o Criador. O anjo de Luz permanecia observando inquieto, insconstante, inconformado e surpreendido. Passeava pela terra, como faz imenso dragão nos ares, sem pousar segundos se quer.

Sol e Lua, governavam dias e noites em claro e isso era bom. Não havia necessidade do Eclipse ainda. Pois, o Mal era mais fraco que o Bem. Até que a Ruah Yaveh que pairava sobre as aguas decidiu voar sobre a terra. Fez seu giro, se elevou bem alto, mergulhou na imensidão, rodopiou completando um circuito maravilhoso nos ares.

Então, foi ficando lento, como pássaro quando irá pousar e pousou, passeou pelo meio da terra. Seu espirito era tão santo, que onde pisava nascia flores, brotavam gramas, seu contato produzia vida! Ali, admirado com a criação do verbo, se agachou, deitou sobre a terra, lhe abraçou e fez sair virtudes de sí, a terra reagiu como organismo vivo. Ele chamou Adama! Ela girou, olhou para Deus.

O Divino se proculpou com sua vasta imensidão no vazio e informe, e disse irei lhe povoar. Lhe darei um filho, feito do meu toque, do meu contato alegre com você esta noite. Seu nome será Adão, pois da terra será gerado. A criação vibrou! Então, com suas mãos acariciou a terra, formou do pó e barro, peles e musculos, veias, ossos, orgãos, mas, faltava algo. 

Carregou nos braços, e lhe soprou sua Ruah e disse a terra, façamos nossa imagem e semelhança. E aquele corpo de cor de jambo foi feito alma vivente! Filho de Adama com Deus. E a criação nunca mais seria a mesma! Todos suspiraram. Todo ser que respirava louvou à Deus pela aquela dádiva. E eu estava lá, testemunhei estas coisas e me lembro de tudo ainda hoje. Alguns acham que sou louco.

Perdoei, pois, eles nunca sabem o que dizem. Crucificaram o verbo, que era o próprio Deus. Entenderiam o menino sol? Jamais, e eu nem exigiria isto. Não preciso da aprovação deles. Já tenho a dos céus. E carrego este dom. Então irei revelar pouco à pouco, até ser dia pleno. Até o segundo Sol retornar! Pois, foi morto, mas, reviveu e um dia voltará como luz e juízo no ápice das densas trevas.

Após Deus ter engravidado a Terra virgem, com seu Amor. Fez com suas próprias mãos o parto de Adama, Ele se retirou brevemente, após ter feito alma vivente do menino Adão. Observou do seu trono como se daria o crescimento do seu primeiro filho terreno por muitos dias e noites. Aquela criança cristal, pura, cabelos encaracolados e ao ombro, olhos castanhos com mel límpido.

Possuia pele suave que transmitia paz, avermelhada de barro e ainda assim, tão belo quanto jambo maduro! Doce, muito carinhoso era o primeiro Adão. Corria livremente, saltava como se ousasse voar, escalava montanhas, esse garoto era demais. Todas manhãs dizia ao sol, Bom dia! Ao entardecer, subia no alto da montanha e dizia Boa noite Lua! Sinto falta dele. Adão era legal.

Percorria densas florestas e concedia carinho a cada uma das àrvores. Jovem apaixonado pela vida, nomeou cada uma das plantas, flores, frutos até atingir completamente fauna e flora com a ternura de suas escolhas. Lembro de um caso Lol, que o menino Adão, estava diante de um felino muito temido. Ele olhou nos olhos daquele felino, eram azuis como o céu, e perguntou sem medo, pode me ouvir?

Aquele grande animal selvagem, apenas balançou a cabeça, mas, Adão não entendeu o gesto. Então, gritou você não fala minha língua? Aquele Felino saltou para cima dele, e rungiu, como alguém que desejava somente se expressar e comunicar algo. Adão, fechou os olhos com medo, levantou os braços e direcionou suas mãos atrás da orelha do animal, e disse Onça! Mansinha, shiu... Te amo.

Não me devore. E o felino gostou do nome onça, e rolou no chão, querendo brincar com Adão, ele montou em cima dela, e ela correu e ele se alegrou demais. Foi assim, nesta mesma receita, que fez com Leões, Ursos e grandes répteis, correndo risco de vida, mas, com amor domando à todos. Com bravura, fazendo grandes feras se tornarem próximas e de estimação.

Adão foi tão cirúrgico, detalhista em capturar os espiritos dos animais, que as escolhas dos nomes que ofereceu as espécies jamais mudariam no futuro que se seguiria. Havia feito tudo com atensiosidade ímpar e profundo amor. Por fim, percebeu que animais se amavam, tinham seus pares, davam suas crias, cuidava dos seus filhotes e se entristeceu quando percebeu sua solidão.

Enquanto ele permanecia só, tentando imaginar onde estaria seu par, sua alma gêmea, queria mais que tudo alguém igual à ele, uma fêmea, uma mulher. Precisava de um par, carne e unhas para trocar afetos, caricias, dialogar sobre seus dias, ouvir suas aventuras. Pra dizer ser fantasias ou não. Para também lhe amar. Ele deu origem ao amor Eros e Deus gostou da ideia, e sorriu para Adão.

Adão adormeceu e caiu com seu rosto em terra. Deus percebeu que não era Bom que Adão vivesse só, e o ninou em seu colo pensando sobre o que faria a seguir. Sol, Estrelas e Lua, testemunharam essas verdades da terra diante dos céus. Até que por mais uma vez o brilho do sol se fez reinar em meio às trevas. Pois, em meio às palavras de Deus, se fizeram os céus.

Mas, por seu toque de amor, foi gerado Adão, filho da terra, criação das mãos de Deus. Adama ou Gaya, chamem como desejarem mortais estúpidos. Não percebem? Isso são apenas detalhes e eu escrevo sobre essências. Acho tolice descutir sobre certo ou errado. Pois, eu estive lá. E muitos de vocês, apenas ouviram falar sobre lá. Acho que sei um pouquinho mais. Só acho...

Meus escritos são resíduos históricos perdidos no tempo, como borra de café sobre copo com àgua, minha visão é periférica, é margem, é enigmática, não sei de tudo, apenas sei e vejo sobre o que o Divino me mostra. Então, não conheço o todo, só Deus conhece o todo. O que possuo, são sonhos e visões sobre passados e futuros que não vivi, que como sopro Divino guia-me ao desconhecido.

Como foi com Enoque, assim é comigo. Deus anda comigo, O Divino fala comigo, Seu Espírito que é Santo habita em mim, e sinto fluir seus pensamentos, seus sentimentos, ensinamentos e revelações. Ao pegar minhas mãos franzinas, consigo escrever. As pessoas não entendem o que não conhecem e acham que podem me ajudar. Obrigado, tenho o próprio Deus, quem me ajudaria melhor que Ele?

Então silêncio, apenas leiam e sejam gratos por revelar a vocês. Poderia guardar estas maravilhas apenas para mim. Conto à vocês por que desejo compartilhar tais experiencias sobre naturais, mas, não obrigo ninguém a ler. Os 25 países que visitam meu blog, fazem por que querem. Eles, batem a porta do meu humilde Palácio e convido para entrar e desfrutar do banquete da sabedoria. Todos se saciam de graça. Então, shiu... Silêncio, não me atrapalhem.

Naquele àpice do Amor extremamente elevado, Deus feriu seu filho com um tenue arranhão de suas unhas. O Médico dos médicos, fez sua primeira cirúrgia de risco e sem anestesia local. Acha que foi fácil? Deus é Bom. Das costelas de Adão, surgiu o sacrificio do amor que almejava com parte retirada de seu próprio corpo. Consegue sentir a dor? Imagino Adão se acordasse... Hum. Dói...

Deus atendeu seu instinto selvagem, sua vontade humana, seu desejo ardente e entregou a Adão um presente auspicioso. Expandiu sua Ruah com toda força, fez surgir um furacão no oceano e trouxe pétalas de rosas vermelhas e fez chover sobre aqueles dois deitados no chão. Quando a chuva passou, e as nuvens se foram, menino sol acordou Adão. 

Ele abriu os olhos lentamente, se levantou devagar e sem forças, acordou do sono e com olhos bem abertos, parecia sonhar. Ele via, não entendia. Escutava, mas, não ouvia. Tocava e não sentia, todos seus sentidos estavam embaralhados. Ao ponto de seus lábios tremerem ao tentar pronunciar alguma palavra, ele não conseguia da nome ao que observava deitada ali naquele chão.

Deus sorriu... Adão perguntou... Como se chama? Estava supreendentemente maravilhado. Tão surpreso que não conseguia mover seus pés. Engessado. Atônito. E antes que Deus invocasse o verbo para responder ao jovem Adão. A mulher ousou... Meu nome é Eva, e foi na sua direção e lhe deu o beijo mais puro que o universo já havia presenciado, sentido. 

Uma chuva de estrelas cadentes caíram dos céus naquele dia. Parecia ser um terço delas. Deus sentiu algo diferente! Lua e Sol, ficaram desgovernados nos ares. Como fruto deste colapso de Amor Eros, surgiu o primeiro Eclipse! E o sol jamais foi o mesmo. Quando o Eclipse acabou, o menino viu a Lua se despedir para sempre e até hoje ele sente falta de sua outra metade. 

Porém, séculos se passaram, e a Lua não lembra mais de nada. Por algum motivo sobre natural, o menino sol encarnou no mesmo planeta que a Lua, e ele jamais esqueceu a origem do Amor humano. Do amor Eros. Do amor entre homem e mulher, como foi com Adão e Eva. Ainda hoje ele segue solitário. Atualmente está no Brasil, na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, revelando sua história de amor.

Mas, por aqui, não há mais amor. Encarnou no tempo inapropriado? A Lua não lembra mais de nada. E ele seguirá sua jornada só, até o fim dos tempos, quando o Eclipse se fizer. Quem sabe, haverá um reencontro? Ninguém sabe, nem eu sei. Pois, Juninho é a versão moderna do menino sol. Dizendo adeus mais uma vez, só por amar demais. Um último pedido, estrela, cuide da lua por mim. 

- Edson Alves de Barros Junior
Sem versão, sem tom, sem lenda ou fábula.
Queria minha última carta, ela está aí.
Adeus Lua, não me procure nunca mais.
Só me procure, se realmente lembrar.
Esperava entregar no aeroporto, mas,
você antecipou tudo no email.
Então, Adeus! Happy Funny...
Mas, lembre, que para mim,
nunca foi sorte, sempre foi Deus.

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