segunda-feira, 24 de junho de 2019

ÚLTIMA VEZ


Sabe, prometo tentar fazer deste texto minha dedicatória mais breve, curta e quem sabe última. 

Não sei dizer se tudo que fiz foi em vão. Direi apenas que não me arrependo. Eu planejei dizer tanta coisa. Por fim, mal pude me expressar. Todas vezes que lhe vi, mal tive força pra ir em tua direção. Querendo evitar te encarar por medo. Tentei preservar a distância. Até que um milagre aconteceu. Finalmente foste generosa. Concedeste por educação, aquele velho oi simbólico. Um aperto de mão gentil. E um último abraço respeitoso. 

Obrigado por todo sentimento bom que me fez sentir. Me perdoa se em algum momento pareceu que lhe fiz mal. Estou te deixando em paz. Espero ser a última vez. Olha talvez a gente nunca fique junto. Somos de mundos tão diferentes. Cheguei no tempo errado. Seu coração já tem dono.

Eu não quero te atrapalhar. Eu me sinto tão feio, bobo, incapaz, que resolvi admitir, você é boa demais! A gente não tem a menor chance. Por isso, sinta eu me apagar suave, esvanecer como o aroma da manhã. Tão discreto quanto o dia que por ti me apeguei. Imagine o gosto dos beijos que não lhe dei. Seja grata por tudo que fiz, e não mais farei.

Obrigado pela primeira foto!
Obrigado pelo último abraço. 
Por você sofri demais
Por mim, terei que partir.
Adeus, por nós dois.
Com carinho evidente,
Beijos, Luar de Fênix.

Ninho,
Versão: Menino Sol.
Tom: Despedida e saudade
Conto: Última Explosão Solar.

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