sábado, 15 de junho de 2019

AUTO ANULADO DUPLAMENTE




Você já se imaginou correr atrás de algo, e parecer que aquilo se distancia cada vez que se aproxima mais? Me sinto assim com você. Você já se sentiu terrivelmente só, triste, abandonada, quase afogada nas próprias lágrimas? Eu já, sempre que tento te evitar. Você já passou madrugadas acordada, pensando em alguém que se quer te telefona, só pra matar a saudade? Nada é fácil né?

Queria acordar amanhã, e não te ver. Mesmo que por todo este tempo tenha desejado lhe rever. Ah! O que quero mesmo é lhe esquecer. Queria poder dizer, que sou capaz de te ver, e não te querer. Mas, você nem imagina quanto a dor é insuportável, quando lhe sinto incrível. Eu me anulei, quando desejei ser mais forte que meu coração. Me anulo outra vez, quanto asfixiado pela emoção.

Já não sei lhe afirmar se foi uma dádiva haver lhe conhecido. Ou se fui setenciado a sofrer de amor. Mas, o que é o amor? A bola pra uma criança de rua não é! A corda nova de um violão na mão de um caipira, também não é. O leme nas mãos do desbravador dos 7 mares, também não é! Tudo isso é auto realização, são fatores pra felicidade. Mas, não há felicidades sem amor.

Utopia, harmonia, melodias, movimentam-se os sonhos de teus passos que se aproximam. E aceleram as batidas do meu coração. Fico a 7 pessoas de tua posição na fila. Quero lhe ceder lugar. Mas, ao me imaginar minúsculo, seria terrível ver você me humilhar. Porque a vida tem que ser assim? Sempre tão complexa, enquanto fico ainda mais confuso.

Eu queria te detestar. Sentir despreso por você. Mas, infelizmente não consigo. Eu minto pra mim mesmo, dizendo, calma, eu estou no controle. Até que você aparece assim, desgovernada, vem, e desequilibra tudo. E me afundo cada vez mais nesta lágrimas. Com poema de lágrimas, mal consigo parar de soluçar. Se eu te amo? Que você acha sua tola? Estou perdidamente preso a você.

Eu não queria ter cruzado teu caminho nas águas daquela piscina. Não queria ter sentindo tua mão no meu coração. Não queria ter tocado cada detalhe de teu rosto. Nem sentir teus dedos percorrer lentamente os detalhes dos meus. Ah! Como eu queria te esquecer. Porém, assim como você, nem sempre tenho o que quero. Queria mesmo te levar daqui, te ouvir dizer, que é comigo que quer ficar.

Até que atravessei a ponte. Observei do alto, carros pela cidade, voando contra o tempo. Iluminados por faróis, solitários, distantes cortando o vazio. Da forma com que folhas secas rolavam na direção do vento. Vento sublime, e arrepios, que me ensinam que é melhor padecer correndo do que permanecer inspirado no mesmo lugar. Irei me mover sobre águas tranquilas.

E daí, que há quem dúvide? Não me importo, se os outros, acham tudo, grande fantasia. Não é assim. Penso, que pior que me anular, é mentir pra mim mesmo. E me auto anular duplamente. Não tento convencer ninguém a nada. Também não sou convencido. Vivo cada dia de uma vez, observo os sinais do tempo. Posso garantir, nem tudo acaba, quando termina. No fim, as vezes, vem o recomeçar

Digo pra mim mesmo todos os dias, todo poço tem fundo, todo túnel tem no fim, um novo inicio. Posso parecer que estou perdendo agora. Mas, um dia serei feliz. Feliz pra sempre. Eu espero que seja com você. Não exijo. Não determino. Apenas aceito o que o destino trás. Que ninguém inveje nosso amor. Pois, se há um sacrifício a ser pago, pode crer estou pagando por mim e você...


Ninho,
Versão: Opostos se atraem?
Tom: Igualdade
Conto: Placar Empatado.
2 á 2? Eu quero 1x1!

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