domingo, 30 de junho de 2019

DA CRISALIDA À EUREKA!


Da Crisalida no crepúsculo á Eureka boreal, é o efeito da potência de teu amor em mim, a ardência da teoria de meu próprio caos! Não há nada tão difícil quanto o amor. O amor é mais dificil que dobrar o espaço tempo. É mais ligeiro que a velocidade da luz. De tão forte, sempre quebra a barreira do sonho. Inimaginável tanto quanto a força de mil pensamentos.

Diante do amor, nosso corpo é como poeira ao vento. Pó em movimento, rolando e pisado em pleno chão. Como lagarta humilhada, se alimentando na estrada. Que busca na quase morte a libertação. Até que quando pareça ter chegado ao fim, a película que me aprisiona se rompa naturalmente sobre o efeito das noites de orvalho, e jatos das manhãs de sol. Verbenácia!

Como o ditado que diz: "Se queres viver, precisa a morte aceitar".

Na vida, as vozes do amor podem nos ferir como uma serra. Embora quebrado em mil pedaços, o amor é liga, nos recomponhe. Solidão na Crisalida, quando no fundo da alma brota a chama pra voar. Sem que se esgote toda força, a gente sofre a metamorfose do tempo.

Deixa pra trás toda angústia e lamentos, pra fazer do fim, o recomeçar.

Onde ás lágrimas colhidas por odres angelicais, servirão para nutrir a sede. Onde sofremos piores podas, ao brilho do sol, florescerá. Dos frutos pisados, feridos, arrancados, lançados ao chão. Sementes se farão, delas brotarão, novas historias pra se contar. Dos mais belos sonhos pra se viver.

Até que eu não lembre mais do pesadelo que era ser lagarta, diante de você, cruel butterfly.

Se este amor fosse ciência, seria ciência do imprevisível. Diferente da força da gravidade, ou das reações químicas, este sentimento foi impossível prever ou controlar. Surgiu como turbulências repentina, alteração inusitada de clima á cada novo flash seu. Não irei mentir, foi bem mais forte que eu, foi do indescritível ao incontrolável. Turbilhão de sensações.

Ao meu redor ergui um jardim de todas as espécies de flores, como muro, pra proteger minha inocência. No apice da coloração do amor, inebriada pela virtude dos aromas improváveis. Testemunhamos o renascer de todos desejos impossíveis. Onde o único sonho não realizado, será o arrependimento da tua vontade, de insistir, sem admitir.

Desejosa de me ter por perto. Após aceitar ser tarde demais, pra desistir ou tentar. Afinal, agora tanto faz!

Veja se há algum enigma das eras que seja tão indecifrável quanto o amor. Eureka! Essa interjeição signifca dizer que "encontrei" ou "descobri" o jeito de lhe esquecer pra sempre. Casulo da existência, caixão dos mil poemas, cela de minhas dores. Um baú sem fundo dentro de mim. E 7 mil cartas espalhadas, lançadas sem sentido pelos ares. Buscando conectar-se a estação perfeita.

Leais batidas de meu coração, sofrendo por você, mil teorias do caos. 

Por você fui criança muda, telepática, pois, não queria embaraçar-lhe, ao falar demais. Embora falhei! Por você, fiquei cego, inexato, lhe destinei minha luz, atravessei sozinho a solidão da escuridão! Oceanos eu sangrei, mergulhado em mar de espinhos pra tentar lhe aliviar. Me tornei rosa cálida, sorvendo como cálice, teu vinho atômico do anti amor. Oh! Rosa de Hiroshima.

Esse efeito de alterações drásticas e profundas, quase me mataram. Literalmente sangrei por você, das mãos, as veias cerebrais, do início ao fim. Suportei não lhe ter. Querer, e ter que esquecer. Até que Eureka! Exclamei a fama universal ala Arquimedes de Siracusa. Alquimia emocional para o divã dilemático da expressão de solução de terriveis problemas impronunciáveis.

Onde nada é mais difícil que o amor. Ao ponto, que só o amor me fez vencer minha quase morte.

Me matei pra te ver nascer, surgir, crescer, evoluir, renascer, voar e partir.
Eu fui teu casulo, você minha crisalida, e agora ambos estão livres! 
Livres pra voar e partir. Já que não faz mais nenhum sentido desejar ficar.

Dessa vez, todo adeus, é pra sempre!
Por onde flor, floresça!

Ninho,
Versão: Anjo Ferido.
Tom: Angústia e aflição.
Conto: Da Crisalida a Eureka.
Do Caos á liberdade.

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