sexta-feira, 12 de julho de 2019

POR VOCÊ EXISTIR!


Bom dia luz, quanto tempo, como você está? Pretendo pela primeira vez neste blog, desconstruir todo meu pensamento. Farei isto do início para o fim. Direi o que não quero dizer. Darei voz de razão a todos meus algozes. Esvaziarei meu conceito de felicidade. Darei satisfação para quem descorda de mim. Irei me contra por, e após me opor, vamos ver o que acontece.

Suponhamos que pudessemos voltar no tempo. Na tentativa de fazer tudo diferente será que estaríamos mais certos? Então, pela primeira vez, eu olharia teu rosto naquela piscina. Não perceberia o brilho do sol, refletir o castanho de teus olhos. Não haveria motivos para lhe pedir aquela foto, e você, de forma acanhada, me negar. Iria agir indiferente, algo pouco comum. E aquele dia seria roubado pra sempre de minha lembrança. Recuperaria a razão, mas, não seria feliz.

Considere, que eu não ficasse emocionado quando lhe reencontrei. Que não olhasse pra você como um bobo, que o tempo ao redor, não pudesse parar. Seria privado de observar a alegria em teu rosto, a felicidade estampada em teus olhos, e o imensuravel prazer de teu sorriso. Que não gravasse o timbre da tua doce voz, e este som desvanecesse junto as memórias. Será que alguém sentiria prazer em me roubar isto? Por que tudo que desejei foi permanecer por mais segundos ao teu lado.

Observe, se naquele condomínio do gramado, todos não rejeitassem minha presença por pura diversão. Se não fosse criado ao meu respeito fantasias sem nenhuma razão. Se ninguém odiasse o fato de eu existir. Pois, eu custo acreditar que as diferenças aparentes de classes sociais separe tanto as pessoas. Mas, imagine diferente, você tentando me fazer companhia para atividade de trabalho, e eu lhe rejeitasse. Como infantil seria melhor recordado.

Naquele mesmo gramado, pense que eu não me irritasse quando aquela mulher pertubadamente começou a lhe espraguejar. E não fosse próximo a ela pra repreender com um olhar. Admita que com tantos cachorros naquela rua, melhor seria, as meninas estarem só. Pouco provável. Que no fim da tarde não chovesse, e eu não notasse quão lindo são seus cabelos molhados. Que você não sentisse frio, e que em mim, não houvesse calor para lhe aquecer apenas pelos instantes de uma foto.

Que eu não trocasse seu nome pelo de minha filha tantas vezes. Como fui um imbecil. Que eu fosse mais equilibrado. Que eu não chorasse quando me negaram minha própria foto. Pega mal sair ao lado de um jovem da periferia. Não, é a vergonha do caipira postar no face. Meu erro foi sorrir de verdade, por aquele ser o momento apropiado, onde eu estava perdidamente feliz por estar ao seu lado e finalmente conseguir a foto que por tanto tempo esperei.

Por conta disso, desta ingenuidade, desta inocência pura, me separaram de você? Mundo sem razão. O planeta está de perna pro ar. Onde para sobreviver, andar talvez não seja suficiente, a moda agora é plantar bananeira. Por falar em banana, quanto sapo eu tive que engolir? Quanta casca de banana escorreguei. A chave do carro sumiu, maior suspeito eu. Não lembrava nem o que comi no dia anterior. Se lembro disto tudo, é porque lhe esquecer é difícil.

Esta na mochila de sua "ex.". ama. Ainda bem, pois, naquele dia, além de me pagar o almoço, ela salvou meu dia. Mas, eu sentia medo dela. Do que ela poderia fazer comigo. Deus foi tão bom que ela me tratou bem. Mas, sua amiga conversou com ela no dia posterior, e o bem podia ser perene. Mas, não foi. E as cascas de banana não paravam. Fui questionar minha algoz por que ela e o Lazanha havia me separado de você? Ela disse que foi seu pai, aquilo me decepcionou tanto.

Tentei não chorar, mas, não consegui. Foi a única vez que eu lembre, que eu senti raiva dele. Logo depois, no mesmo local, foi cruel demais, ouvir sua irmã me mandar calar a boca. Ninguém nunca me mandou calar a boca. Não teve nenhum motivo aparente para fazer isto. Estavamos ali pra ajudar, abrindo mão de nossas férias, voluntariamente. E ela foi tão severa, tão arrogante, que naquele dia, eu aprendi a lição de meu pai, filho, "beleza não põem mesa.". Foi tão desnecessária.

Mas, as cascas de banana ainda eram tapetes, uma moça que eu mal conhecia, que nem estava lá, me interrogava a razão de eu haver feito aquilo. Surpreso questionei, aquilo o quê? De eu haver maltratado o Astro. Poxa! Ele me separa da filha que admiro, por conta de uma simples foto. A outra filha me manda calar a boca sem aparente razão. Me negam a foto que eu sair. E eu é que maltrato o Astro? Uma crise do caramba, trabalhando que nem corno, ainda tive que vender um video game de minha filha, por menos da metade do preço. Pra ser taxado. Que covardia.

Pra emenda ficar pior que o soneto. Tomei tapa na cabeça, da medusa que quase arrancou meu nariz, na fantasia do Boysladir. Depois, tomei vários tapas do Lazanha. Fui chamado de doente pelo magnata. Tive minha estoria matrimonial exposta pela globeleza. Perdi minha sorte para o casal Bonne e Clay. E perdoei tudo, só para ter sua companhia. Cara, as vezes, eu aguardava o dia inteiro, só para ir ao Burger King contigo. Quando chegava você deixava a globeleza me enxotar. Pior, me recomendava carros daqueles que iriam me estorquir. Se eu não pensasse em você, isso é tudo que eu iria recordar agora. Mas joguei em um baú sem fundo. Pra guardar você pra mim.

Sabe como eu quero lembrar de você? Com aquele all-star tentando se equilibrar na proteção de ferro, em frente a loja de conveniências, próximo ao posto de gasolina. Quero lembrar do dia que peguei suas mãos e levei ao encontro de meu coração, pra que jamais termine as batidas desse amor. Quem sabe nunca esquecer as memórias do shopping, onde suas amigas, quase me morderam. Se elas queriam lhe proteger, parabéns, tive medo de apanhar aquele dia.

Quero lembrar de teus cadarços desamarrados, e eu tentar ajudar, e você não deixar. E eu ficar ajoelhado no chão do shopping que nem um bobo. Quero recordar da única vez que vi você me defender. De você trazer a bandeja de lanche na minha direção. De eu lhe confessar meus sentimentos. De você cobrar a razão, e eu lhe mostrar os motivos de minha felicidade. Para na praia, quando você olhasse pra trás, eu estivesse lá mais uma vez pra corresponder seu olhar.

Quando vestisse uma fantasia quente, desconfortável, e desiquilibrasse, você estivesse lá para me segurar mais uma vez. E quando você fosse comprar um simples algodão doce, nada fosse simples, e eu lhe girassem como criança pura, na infância quer brincar. Queria poder dançar contigo dentro de uma fantasia pra sempre. Solicitar pra você fugir comigo para um outro continente, mais uma vez. Sermos felizes com coisas simples e inusitadas. Entrar no carro pela madrugada novamente, perguntar se você me ama. Ouvir um silêncio, seguido de um sorriso. E lhe responder que não há nada mais justo que o amor.

Eu queria cair várias e várias vezes. E sangrar, só para lhe ver vir em minha direção, com qualquer atitude exagerada que me faça sentir vivo. Eu queria ganhar na loto, e oferecer todo dinheiro do mundo aos seus, apenas pra ser feliz ao seu lado. Eu queria, que morando em um outro país, eu pudesse lhe conceder um filho meu. Pra seu pai e mãe chamar de neto. Mas, nem tudo que quero, eu posso ter. Pois, nem sempre depende de mim. Há coisas, que também depende de você. Tudo que posso fazer, é lhe agradecer. Obrigado por você ter compartilhado um pouco de você comigo. Tudo foi suficiente, nada foi em vão. Obrigado por emails, por remédios, por telefonemas. Por você, existi.

Obrigado, por você existir!


Ninho,
Versão: Fantasiado
Tom: Apaixonado
Conto: Folias e Vendavais.     

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