sábado, 6 de julho de 2019

FILHOS DA BRUTALIDADE


"Deixai vir a mim as crianças, porquê delas é o Reino dos Céus.".
                                                                                      - Jesus

Em 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU), formulou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Este documento permitiu o empoderamento da infância e da adolescência na garantia de seus direitos fundamentais. Atualmente representados com máxima vênia no Estatuto da Criança e Adolescente, (ECA), que zela principalmente pela proteção integral da criança e do adolescente. Em pleno século XXI, apesar do esforço intelectual legislativo solidário das Nações Unidas, as crianças e adolescentes permanecem vitimas de uma sociedade de insano horror.

Aproximadamente a 60 dias atrás, um caso pouco veículado nas mídias convencionais, deixou o Estado brasileiro do Acre estarrecido. Um casal de mulheres homoafetivas, por efeito, de inédita crueldade, decidiram operar de maneira caseira uma criança. Após algum tempo, quando percebeu não haver saído como o imaginado, cometeram uma atitude ainda mais brutal contra o próprio filho. De forma visceral, planejaram juntas a execução do menino. Na tentativa de ser indolor, segundo afirmado por elas as autoridades, foi cravado um faca no coração da criança.

O requinte de terror foi tão intenso e sem precedentes, que para encobrir os rastros, elas ainda cortaram em pedaços seu corpo. Queimaram uma parte, e devido ao cheiro de fumaça podre poder alertar os vizinhos, colocaram dentro das mochilas das crianças, pedaços dos braços e pernas. Demasiadamente violento é o relato da morte do garoto Rhuan Maycon. Infelizmente, segundo a Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), no Brasil, 70% dos casos de violência infantil ocorrem dentro de seus próprios lares. 

Segundo o IBGE, no ano de 2013, constatou-se por estatísticas, que 53% das denúncias, a saber cerca de 170 mil, foram a respeito de maus tratos, praticado pelos parentes das vítimas, na maioria pelos próprios pais. Além do caso do menino Rhuan de apenas 9 anos, existem diversos outros que envolve torturas, humilhações, opressão, violência, abusos, e até homissídios. Está mais do que na hora, do poder público incentivar a promoção e realização de um grande pacto nacional que conscientize a sociedade como um todo de zelar pelo cumprimento do ECA. 

Um fragmento da música popular brasileira nos traz a memória, verdades inconvenientes, na voz marcante de Cazuza, " Eu vejo o futuro, repetir o passado.". Devemos nos unir de forma essencial, visando a liberdade, a proteção integral, e a promoção da vida para que as crianças de nosso país, "sobrevivam sem um arranhão", pela bondade e amor fraternal. Isto só será possível se do menor ao maior o esforço for mútuo, coletivo, genuíno. É preciso saber amar a infância como um todo. Pois, infância é Reino onde ninguém morre.


Ninho,
Versão: Delegado.
Tom: Revolta!
Conto: Realidade de horror na Infância.

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