quarta-feira, 27 de novembro de 2019

DIA DO ADEUS!



Do seu ventre eu vim,
Um amor sem fim,
De um amor nasce uma família,
E se enche de alegria.

Aos nove meses predestinado,
Nascer e estar ao seu lado.

De espadas e lanças afiadas,
Seu peito era minha muralha,
E era ali que me enfiava,
Ao iniciar-se uma batalha.

Me nutria do seu ser,
De sua matéria,
Assim me fez crescer,
O seu nome era celia.

Um ser de luz,
Um cristal reluzente,
Uma mãe que conduz,
Uma relíquia que nuca sairá da mente.

Me ensinou o amor,
Me mostrou o amor,
Me fez sentir o amor,
Me fez provar o amor.

Um amor leal,
Sem igual,
Que não custava um real.

De mãos dadas andamos,
Sorrisos desfrutamos,
Por coisas difíceis passamos,
E no final superamos.

Mão de cloro,
Mão macia,
Mão que batia.

Agora só no choro,
Tomei um banho de água fria,
Quando seu coração não mais batia.

Um pedaço de mim se foi,
Mas eu ainda tenho vida,
Mas lhe encontrarei e direi oi,
Amor da minha vida.

Carta de despedida de um filho,
ao ver sua mãe partir para o paraíso.
Descanse em paz, amiga Célia.

- Ewerton Basílio

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