segunda-feira, 20 de maio de 2024

Decidi furar minha orelha

Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair livre, então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre Exodo 21:5,6

Havia no antigo testamento várias leis que visavam organizar a relação entre escravos e senhores. Embora essa realidade seja estranha para o ocidente pós-moderno, era uma realidade entre os judeus e Deus criou leis para limitar os abusos e garantir a misericórdia tivesse espaço no meio do seu povo.


Entretanto havia uma lei que está descrita no versículo acima, que permitia que um escravo servisse seu Senhor por amor e para sempre. 


Quando o escravo ganhava a liberdade(várias ocasiões levavam a isso) podia num ato voluntário escolher manter sua servidão por seu senhor.


Um ritual marcava o início dessa escolha, o escravo ia até a porta da cidade e tinha sua orelha voluntariamente furada pelo seu Senhor. A voluntariedade da sua escolha era um testemunho que sua relação não era mais de puro interesse ou necessidade, o servo agora amava seu senhor e entregava sua vida a ele.


Nós discípulos do Senhor Jesus, também decidimos furar nossas orelhas na porta da cidade.


Nossa servidão não é movida pelo medo, ou por um sentimento de escassez, por medo de perder.


Decidimos servir ao Senhor pois percebemos que não há mais nenhum lugar que valha a pena estar. 


Como encontraremos outro Senhor, que nos fez seus amigos?


Ou ainda, como encontraremos um Senhor que repartirá sua glória e toda sua eterna herança com seus escravos elevados a condição de filhos?


Embora nossa carne veja nossos infindáveis desejos(me refiro aos maus), sabemos que disto provém a escravidão. 


A verdadeira liberdade procede daqueles que pelo amor a Deus foram transformados e se tornaram capazes de amar.


Somos escravos, pois nessa escravidão encontramos a verdadeira liberdade, não queremos outro jugo, nem outro fardo, não há nada mais leve que isto.


Neste natal, venha comigo, vamos furar a orelha?


Na servidão e na liberdade do Amor, seu irmão.


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