Oh! Vida efêmera, pueril, que como pó, pouco á pouco desvanece. Ah! Morte repentina, que se ergue fugaz, cintilante e sombria se esvai. De forma que a disputa fascinante sobre qual mistério é maior, se instala. Lapso de memória, preso em fagulhas do tempo insiste do crepúsculo á aurora.
Sublime consciência infantil de um coração inocente, brota com pureza de alma, em meio a um emaranhado de farpas e muros de espinhos. Não é assim toda vida, na angustia e alegria antagônica que é todo nascimento. Sem pensar em fim, se lançar de si, na busca por verdades, único caminho.
Tal amor que como potência se eleva, em chamas desafia o sofrer por apego sobrenatural pelo romper com o ventre que é o últero, para adentrar no ventre que é a terra. Que irá cuidar de mais um ciclo de seu desenvolvimento, lhe abrigando por dádiva a transitoriedade da evolutiva morte.
Só não é mero crime em sí mesmo, porque diante de qualquer composição eterna, a humanidade será sempre infantil. E a infância é reino onde ninguém morre. Tanto que não é absurdo, nem infâmia, imaginar que sejam por assim dizer, crianças inimputáveis, no jardim de infância da vida.
Pois, o que é a existência? Se não grãos de areia na ampulheta prestes a acabar. Mas, o Candelabro está aceso no santuário, embora a ruah mansamente apague uma á uma de suas sete chamas. O fôlego concedido não lhe foi doado, foi lhe emprestado pra grande missão da vida.
E a esperança do fim é a última grande chance do recomeçar rumo ao paraíso Divino. Morada do Eterno. Erga sua cabeça, eleve tua alma em oração. Apresente tua mente como odre, teu coração como cálice, e colha as lágrimas de Deus, e beba da redenção do sentimento do Verbo encarnado.
Pois a água da fonte parece jorrar. O saber das Eras revelados não por espelhos ou enigmas, mas, finalmente, com toda expressão da perfeição e plenitude nas maravilhas que há de ser. O juízo eterno vem, quem tem azeite, tem luz? Quem tem o pão, tem vida? Quem tem o vinho, tem salvação? Quem tem sangue, tem a morte!
"Se só no sangue da cruz houve amor, somente lá haverá perdão!".
- Edson Alves
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