"Enquanto em minha mente repousa o tico em conflito com o teco, meu coração é uma bomba relógio, nas badaladas marcantes de tic-tac. Mas, eu não irei explodir! Nem que eu imploda tudo dentro de mim!".
Olhei para dentro de mim, através da fenda. Tentei me encontrar, e quase me perdi. Advinha o que descobri sobre mim? Quando afogado em meu próprio eu. Está curiosa para através de mim velejar em um oceano desconhecido? Assim que senti as primeiras ondas me acertar no mar alto da paixão, percebi a imensidão de um inexplorado vazio crônico e encontrei o motivo para a ira que me aplaca, a raiva que me consome, a cólera que me incendeia, no sentimento que não desapega, totalmente em chamas!
Perdi meu sono, lutei madrugadas a fio. Tentei não chorar, mas, não consegui. Odeio que denigram minha imagem. Que criem caricaturas animalescas de mim. Rejeito toda pena. Mas, tenha piedade, vem cuidar de mim. Seja minha estabilidade, meu refrigério, um ar de bondade, seja meu remédio, meu tratamento, seja a melhor terapia em mim. Meu anjo, minha luz, minha menina, você é meu tudo! Ah! Amor incondicional e utópico, idealizado, e sem medida, que fantasia um universo inteiro guardado como lembrança dentro de mim.
Por qual motivo, ainda assim, eu sinto um vazio? Cadê a esperança do primeiro encontro? Um deserto se instala em minha alma. Porque me sinto só? Se sozinho, eu sei que eu não consigo. Em meio a uma multidão, eu sigo solitário! Cambaleando, eu me camuflo como camaleão para tentar sobreviver. Sedento de atenção, de companhia, de aprovação, de admiração, como redemoinho, eu atraio tudo a mim. Pra quem não sabe pra onde quer ir, qualquer caminho serve. Porém, às vezes, minha vida parece sem rumo mesmo.
Sou impulsivo demais. O que sinto me comanda mais do que penso. Às vezes quando penso, me arrependo. Porém, se sinto, como pensar? Meu pensar não contraria o que sinto. Embora, às vezes eu sinta, que o que sinto, nem sempre tem razão. Até pelo motivo de não existir razão para as coisas do coração, ao menos é isto que sinto. Sou lar de tempestades emocionais, sou casa em chamas! Não suporto a rejeição. Preciso ser valorizado, elogiado. Preciso ser bem quisto, incentivado. Meu humor além de variado é instável!
Sou visceral, intenso, sou qualquer coisa que eu amar. E isso é brutal! Eu marco e sou marcado. Interpreto a vida, na paixão hilariante que me faz lembrar meu querer. Um bem querer, que me inspira na hora, em outra, me faz reviver meu sofrer, em um passado. Por isso, a angústia de não ter presente. Isso dói, sempre dói muito, dói mesmo. Só há uma coisa que desperta a fera adormecida em mim, meu desespero, de um confronto horripilante com as pessoas que tanto amo.
Assim como na admiração intensa, reservo fascínio. No caos súbito do rompimento, a repulsa compõem o afastar-se totalmente. O medo de perder o outro, se não implode em mim, me faz explodir! Me desmereço, me apago, ah, como sou impulsivo! Apesar que na loucura ou genialidade da arte eu me reinvento e não há adolescência que me resista sem que eu me revele dia á dia mais forte, só pra desfarçar o quanto sou frágil!
Há alguém mais apaixonado que eu? Minha demanda enérgica é infinda, uma fonte inesgotável! Nada me apavora mais que o abandono! Porém, o abuso também incomoda! Apenas não confunda traços de transtorno com evidente personalidade. Preciso sempre de alguém para me valorizar. Com um complexo inferior, me achando às vezes como se não fosse ninguém. Uma memória de derrotismo cíclico, de pessimismo inusitado. Uma carência, quem é mais sentimental que eu?
Não careço de tempo para me encantar, quando a magia romântica me fisga, aí me entrego em um pega pra capar! Mergulho de cabeça, me entrego de corpo e alma. Sou exagerado. Forjo romances, amores inventados, de filmes. Porém, nenhuma glória dura pra sempre. Assim como lhe ergo, e lhe ponho em um pedestal! Assim eu lhe abato, se provocar minha fúria. Sou sensível demais! Esta hipersensibilidade me concede vantagens e desvantagens.
O que seria de Hollywood sem mim? Sem minha autenticidade! Sem minha marca de originalidade. Sem a criatividade de minha expressa intuição! Os best-sellers não seriam nada além de capas, e contra capas. Mas, quem a mim me ler, consegue sentir e entender um universo inteiro de informações. Não limito meu equilíbrio, mas, atenuo meus efeitos. Para que defeitos não se destaquem melhor que minhas finitas qualidades.
Assim planejo, revejo, dosando todo sentir, como balança descompensada, tento continuamente compensar. Penso que nada muda, se eu não mudar! E eu sempre mudo. Metamorfose ambulante. Uma busca por padrão, me faz evitar qualquer experiência que migre minha qualidade de vida, minha saúde mental! Só que meu dom, é um fardo, e não há cura que me livre do terrível peso de quem sou! Você sabe quem eu sou? Prazer, meu nome é Borderline!
Perdi meu sono, lutei madrugadas a fio. Tentei não chorar, mas, não consegui. Odeio que denigram minha imagem. Que criem caricaturas animalescas de mim. Rejeito toda pena. Mas, tenha piedade, vem cuidar de mim. Seja minha estabilidade, meu refrigério, um ar de bondade, seja meu remédio, meu tratamento, seja a melhor terapia em mim. Meu anjo, minha luz, minha menina, você é meu tudo! Ah! Amor incondicional e utópico, idealizado, e sem medida, que fantasia um universo inteiro guardado como lembrança dentro de mim.
Por qual motivo, ainda assim, eu sinto um vazio? Cadê a esperança do primeiro encontro? Um deserto se instala em minha alma. Porque me sinto só? Se sozinho, eu sei que eu não consigo. Em meio a uma multidão, eu sigo solitário! Cambaleando, eu me camuflo como camaleão para tentar sobreviver. Sedento de atenção, de companhia, de aprovação, de admiração, como redemoinho, eu atraio tudo a mim. Pra quem não sabe pra onde quer ir, qualquer caminho serve. Porém, às vezes, minha vida parece sem rumo mesmo.
Sou impulsivo demais. O que sinto me comanda mais do que penso. Às vezes quando penso, me arrependo. Porém, se sinto, como pensar? Meu pensar não contraria o que sinto. Embora, às vezes eu sinta, que o que sinto, nem sempre tem razão. Até pelo motivo de não existir razão para as coisas do coração, ao menos é isto que sinto. Sou lar de tempestades emocionais, sou casa em chamas! Não suporto a rejeição. Preciso ser valorizado, elogiado. Preciso ser bem quisto, incentivado. Meu humor além de variado é instável!
Sou visceral, intenso, sou qualquer coisa que eu amar. E isso é brutal! Eu marco e sou marcado. Interpreto a vida, na paixão hilariante que me faz lembrar meu querer. Um bem querer, que me inspira na hora, em outra, me faz reviver meu sofrer, em um passado. Por isso, a angústia de não ter presente. Isso dói, sempre dói muito, dói mesmo. Só há uma coisa que desperta a fera adormecida em mim, meu desespero, de um confronto horripilante com as pessoas que tanto amo.
Assim como na admiração intensa, reservo fascínio. No caos súbito do rompimento, a repulsa compõem o afastar-se totalmente. O medo de perder o outro, se não implode em mim, me faz explodir! Me desmereço, me apago, ah, como sou impulsivo! Apesar que na loucura ou genialidade da arte eu me reinvento e não há adolescência que me resista sem que eu me revele dia á dia mais forte, só pra desfarçar o quanto sou frágil!
Há alguém mais apaixonado que eu? Minha demanda enérgica é infinda, uma fonte inesgotável! Nada me apavora mais que o abandono! Porém, o abuso também incomoda! Apenas não confunda traços de transtorno com evidente personalidade. Preciso sempre de alguém para me valorizar. Com um complexo inferior, me achando às vezes como se não fosse ninguém. Uma memória de derrotismo cíclico, de pessimismo inusitado. Uma carência, quem é mais sentimental que eu?
Não careço de tempo para me encantar, quando a magia romântica me fisga, aí me entrego em um pega pra capar! Mergulho de cabeça, me entrego de corpo e alma. Sou exagerado. Forjo romances, amores inventados, de filmes. Porém, nenhuma glória dura pra sempre. Assim como lhe ergo, e lhe ponho em um pedestal! Assim eu lhe abato, se provocar minha fúria. Sou sensível demais! Esta hipersensibilidade me concede vantagens e desvantagens.
O que seria de Hollywood sem mim? Sem minha autenticidade! Sem minha marca de originalidade. Sem a criatividade de minha expressa intuição! Os best-sellers não seriam nada além de capas, e contra capas. Mas, quem a mim me ler, consegue sentir e entender um universo inteiro de informações. Não limito meu equilíbrio, mas, atenuo meus efeitos. Para que defeitos não se destaquem melhor que minhas finitas qualidades.
Assim planejo, revejo, dosando todo sentir, como balança descompensada, tento continuamente compensar. Penso que nada muda, se eu não mudar! E eu sempre mudo. Metamorfose ambulante. Uma busca por padrão, me faz evitar qualquer experiência que migre minha qualidade de vida, minha saúde mental! Só que meu dom, é um fardo, e não há cura que me livre do terrível peso de quem sou! Você sabe quem eu sou? Prazer, meu nome é Borderline!
- Edson Alves.
Que texto lindo e triste ao mesmo tempo.
ResponderExcluirAssim são borderlines, lindos e tristes.
ExcluirUma luta interna.um conflito com o seu próprio eu.imagino a dificuldade de viver com transtorno boderline. Assim como qualquer outros tipos de transtorno que acaba aprisionando o afetado.
ResponderExcluirO que é a pressão da vida? Se não, um ciclo interminável de desafios. Onde hora vencemos, outras, somos vencidos.
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