quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

DESTINO DO MEU CORAÇÃO


Somos como o vento, que fazem seus giros, completam seus circuitos, porém, não sabemos de onde vem, nem pra onde vai. Embora permaneçam a fluir, constantemente e sem parar! Sua origem e seu destino nada evidente precisa ser decifrado! Quem sabe aguardar um mestre, poeta ou sábio que tenha visto em imaginação intelectual as estrelas serem espalhadas como pó, assim como do pó também viemos, pra lá um dia retornaremos.

E como tesouros do espírito vivemos noite e dia, presos com os pés em raizes a terra e com a cabeça elevada aos céus, crescemos. E mesmo sem asas, a meta do ser é voar até o firmamento. E da alma em anseio crescente contemplar as proezas e desígnios do esconderijo do Altissimo. E conhecer lá, em pureza e inocência razão pra ser feliz. Encontrar na semelhança do Criador, seu próprio par, como um dia Adão, um minerador apaixonado, teve nos olhos de Eva, o encontro precioso da completude da expressão da Aurora da origem até o fim das Eras!

Para além das causas estão os mistérios, e através da escrita, eu revelo tais enigmas. Aqui no mundo das poesias e em meios as fantasias da minha jornada em memória, a vida não teme a morte, nem a primavera cede lugar ao outono, nem o inverno suborna o verão. Mas, vibra sobre ele como aventura. E meus registros em resumos nada mais são que a arte literária expressa em saudades de tais lembranças. E assim eu conto de variadas formas e ângulos o destino do meu coração em amor!

Eu acompanhei gotas d’água subirem lentamente pro céu em forma de vapor e carregar de nutrição intensa as nuvens! Tais nuvens carregadas irrigaram a terra, até que nascentes fluíssem do seio de lugares áridos e de sequidão.

Eu observei a água brotar de uma nascente, fluir pelas pedras, até desaguar como cachoeira brava no leito de rios e córregos.

Eu registrei o curso deste rios, descendo impetuosamente livres ao encontro do mar.

No mar eu vi a movimentação das ondas se elevarem da calmaria até a tempestade. E fiquei atônito diante de tanta maravilha. Até que as águas retornaram a ser tranquilas.

E pude olhar novamente os céus, e contemplar a beleza de Deus como anelo na presença angelical, e em gratidão chegar à conclusão. Nada é tão belo e fascinante quanto contemplar a Lua. Onde toquei a órbita do coração celeste, com a canção do meu coração milagroso.

Até que vi, entre os portais dourados e imortais do Divino, meu sentir surgir como semente, padecer em terra, e sofrer a dor do luto. Da morte do meu sentimento como semente fui revivido como planta a brotar e se erguer aos céus, até ser árvore, até dar frutos. 

Até que contemplei o fruto, e percebi que não podia ser nada menos, nada mais do que o surgimento daquele velho amor embriagado que parecia haver sido morto, e reviveu ao cheiro das águas como joias e rubis eternais! Clara noite rara, nos levou além da rebentação, e agora ao lado dela mesmo prestes a me perder em um paraíso desconhecido, não reside em mim nenhum medo de saber quem nos tornamos na escuridão, pois, no nosso amor há luz, há libertação, há absolvição e o Éden não está  mais tão distante e nossos olhos já consegue contemplar as flores a brotar no velho jardim, e com elas na imensidão azul sentimos, a essência do amor imortalizado! 

- Edson Junior 
- Versão: Semeador
- Tom: Apaixonado
- Conto: Da semente ao broto!

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