domingo, 1 de julho de 2018

VER PRA CRER?


Eu nunca entendi, tanta insegurança, de quem não quer sofrer.
Dois pregos certeiros que me alcançam, quem podia prever?
Do lado de meu corpo, enfiaram a lança, senti meu chão rachar.
Quase todo mundo, possui seus medos. Si firme em meu olhar.

Não serei, nova invenção.
Não serei, mera ilusão.
Pode ter Fé, Tomé.
Irei voltar, para lhe buscar.

Não serei, tua decepção.
Não serei, sua inquietação.
Tenha Fé no amor.
Vou retornar. Pode acreditar.

Quando seu amigo Judas 
Me traiu com um beijo.
Senti meu coração sangrar.

Quando seu amigo Pedro
Me negou por medo
Não pude suportar.

Porém, naquele dia
Olhei em teus olhos
Espanto apavorar.

Mas, se precisa ver
Pra crer, em meu retorno.
Irei me revelar.

Não serei, uma lenda sem noção.
Não serei, um mito, invenção.
Tenha Fé, Tomé.
Irei voltar, para lhe abraçar.

Não serei, tua humilhação.
Não serei, rasgo em teu coração.
Tenha Fé, Tomé.
Irei ressuscitar! Vou lhe reencontrar.

Nunca infiel, mas, há quem me traia.
Não dá para acreditar.
Nunca desleal, mas, há quem me negue.
Difícil suportar. 
Sei que lá no fundo, carregas medo.
De eu não retornar.
Mas, creia amigo que lhe prometo
Irei lhe resgatar.

Pra viver, da cruz a emoção
De dizer, que não fui ilusão.
Retornei amor.
Pra lhe salvar. Vai acreditar?

Eu não sei, o pavor e o terror
Que sangrei na cruz em amor
Por você, por mim, por todos nós.
Não desate os nós.

Todos teus projetos e sonhos entendo.
Tens que lutar, realizar.
Apenas sobre receios e incertezas
Aceita um conselho? Não deves se firmar.

Pra não ser, você uma ilusão
Pra não ver, incrédulo coração.
Manda ver na fé. 
Manda ver, Tomé! 

Pra comer, o punhado de pão
Entender, ser este meu coração.
Que partir, repartir, por você.
Pode Perceber?

Pra beber, meu vinho e provar.
Minha dor, e o quanto sangrei
Por você subi a cruz.
Mas, ressuscitei. 

Do meu pão partido comeu, repetiu.
Do meu corpo moído, correu e não viu.
De meu vinho de amor, bebeu.
No meu sangue, perdão lhe entreguei.

Homem de pouca Fé.
Bota Fé na vida.
Bota Fé em mim.
Tenha Fé Tomé.

Lhe encontrei, lhe fiz talmidin.
Lhe ensinei, tudo que aprendi.
Não bastou conviver?
E ver, que foi por você.

Em desertos, minha voz fiz ouvir.
Contigo, tantos montes subir.
Pra lhe ensinar sobre fé.
Milagres fiz surgir. Morto ressuscitei!

Quantos paralíticos voltaram a andar?
Tantos cegos, puderam enxergar.
Muitos mudos, voltaram a falar.
Tais proezas você não viu? Tente lembrar.

Tu que sentaste comigo a mesa.
Agora passou a duvidar?
Tomé, não era meu intimo?
Não pretende acreditar.

Sei, tens que ver para crer?
Sei, que não podes aceitar.
Que depois de tudo que fiz.
Pude voltar. Pra lhe abraçar.

Sei, tens que ver para crer.
Sei, é difícil aceitar.
Que após 3 dias, 
Da morte, iria me livrar.

Toma, está aqui minhas mãos.
Toque minhas marcas e veja.
Que tua falta de fé. 
Tanta dor, me faz sentir.

Quer os pregos pra crer?
Quer  minha coroa usar?
Foi de espinhos, cravados.
Me fez sangrar. Deseja olhar?

Ficou assombrado pela morte de quem me traiu?
Ficou surpreso com quem me negou? 
Agora precisa ver e tocar? Não pode acreditar?
Teve Fé? Tomé, cadê tua Fé? Só pra me agradar.

Sei do teu senso crítico. Fostes introspectivo. Mas, devo confessar.
Que fico perplexo. Meio confuso. Com dúvidas em teu olhar.
Por que lá no fundo, ainda carregas medo? Medo de acreditar .
O que é mais difícil? Subir a cruz ou ressuscitar!

Pode crer, sou teu Mestre Tomé.
Não vai ser, só mais um mané.
Que não crer, não ver.
Nem sabe amar. Passe acreditar!

Retornei, como lhe prometi.
Tu vais ver, me tocar, me sentir.
Me dizer. Me ouvir. Estou aqui.
Tem que ver? Pra crer?
Então verás!

Querido no madeiro eu vi.
Um bandido com mais fé que ti.
De presente, meu paraíso prometi
Lhe reservar, lhe mostrar. 
Lhe fazer entrar

Então abra as janelas
Deixe o sol entrar.
Com luz da aurora
Para te iluminar.
Não vás embora.
Sem sorriso dar.
Bota pra fora tua dor.
Pode chorar.
Sente saudades?
Vem me abraçar.
Estou de partida.
Visita breve será.
Curta o momento.
Acenda a lareira.
Aqueça tua crença.
Tenha fé Tomé.
Tenha Fé!

Sei que tua alma abriga receio.
Medo de se entregar.
Quase todo mundo guarda segredo.
Percebo em teu olhar.
Quando tua boca, confessa o erro.
Erro de duvidar.
Chega, fica próximo que me revelo.
Dentro do teu olhar.

Pra me ver.
Sentir emoção.
Faz bater,
Teu coração.
Arderá, meu amor.
Lhe aquecerá.

Pode ver.
Ter compreensão.
Pode ser,
Tua realização.
Se existo.
Lhe provo
Só se precisar.

Felizes, foram todos os que creram sem ver.
Os que confiaram sem ter. 
Algo palpável pra confiar.
Para acreditar.

Que o impossível, se torna real ao que crer.
Esperança do improvável se erguer. 
A sombra da cruz se firmar
Voltar a sonhar!

Tomé fui eu que apanhei como nunca.
Fui eu que venci como sempre.
Pra dizer que mãos furadas semearam perdão.
Plantando sementes de amor, ternura em teu coração.
Que sua história é também fato por assim dizer.
Gesto carinho, que marca é exemplo e lhe ensina ter Fé.

Tomé o que tens a dizer?
Jesus, me perdoa.
Se na cruz, tuas lágrimas não pude enxugar.
Se da tristeza e na solidão, não fui lhe acompanhar.
Naquela triste tarde. Em que meu céu se escureceu.
Se permiti que teus adversários lhe crucificassem.
Mas, pelos mesmos o Mestre morreu.
Andar por fé eu vou!
Sua Fé não costuma falhar.

Tomé, tenhas Fé sim!
Teu Mestre ordena.
Toque minhas mãos.
Lhe entrego perdão.
Para provar meu amor.
Ressuscitei! Pode acreditar.
Me abrace amigo. 
Teu Rei retornou.
Reinarei sobre teu coração.
Lhe deixarei meu consolador.
Quando de mim precisar.

Bota fé Tomé! Tenha fé discípulo.
Tomé, tenhas fé!
Fé em mim.
Fé em ti.
Fé na vida!


Ninho, Versão Mestre.
Tom, Incrédulo.

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