domingo, 29 de julho de 2018

DIA DE ONTEM


Que dia foi ontem?
Poucos sabem responder.
Ontem foi dia...
Dia de lhe ver...
Dia que lembra teu nascer.
Meu dia de ontem
Foi distante de você.

Dia de ontem se foi.
Mas, não é passado.
Dia de hoje se fez...
Mas, não é presente.

Presente? 
Que podia ter dado ontem...
E não dei...
Ter dado hoje?
Não levei...
Se não fiz quando pude.
Provável? Não farei!
Por medo? Talvez!

No aniversário que... 
Não comemoro hoje
Abraço ganhei.
Podia ter sido...
Mais intenso...
Confesso...
Mas, não foi.
Também, é exigir demais.

Seria este nosso dilema?
Indas e vindas.
Encontros e desencontros.
Chegadas e partidas.
Inícios e fins?

De tentar-te encontrar
Não lhe achar. E chorar.
De desistir de procurar
Lhe reencontrar, Lhe abraçar

De tentar lhe perceber
Confuso, lhe perder...
De tentar fugir, 
Me esconder
E ser surpreendido...
Encontrar você.

De evitar ser evitado por você.
Ser atraído, e lhe atrair sem querer.
De esbarrões, lhe olhar sem poder.
De juras, sem promessas fazer.
Finalmente lhe encontrar. E Não contar, 
Quanta saudade senti de você.
Envolto  em uma solidão...
Que em minha porta bate.
Acho que deve saber.
Que ainda gosto tanto de você.

Fiquei contente em lhe ver
Onde tudo foi bom
Enquanto durou.
Durou tão pouco
Durou tempo suficiente 
Pra tornar-se inesquecível.

Afinal, nada chegou ao fim
Você me disse uma vez
Que oportunidades
Somos nós que criamos.
Eu confiei em você
Mas, esqueci de lhe dizer.
Que nunca soube criar algo assim

Dias pra viver.
Dias pra escrever.
Dias pra lembrar.
Dias pra reler.
Dias pra registrar
Dias não tendo nada a perder.
Dias pra valer
Valer a pena dizer
Que lembrei de você ontem
Apesar de não dizer.
E hoje ainda não posso esquecer.

De dias de rir
Fazer rir
De dias de entregar
Se entregar
Com olhares e gestos
Meu silencio fazer.
Até vir ao meu encontro 
E novamente lhe abraçar.
Com carinho contido.
Com tamanha ternura.
Longe do veneno de olhares
Seguro a sós contigo.
Como criança sentir
Meu tempo parar.
Como adulto 
Abrir mão dele mais uma vez

Obrigado pela generosidade
Do perdão que me liberta
De um casulo envolvente
Que priva meu canto e encanto
Como na guerra das sombras
Que se ergue nas trevas.
Perceber você iluminada
Bem longe e breve
Como vela sobre uma torta
De aniversário que não parabenizei.
Mesmo assim, experimentei...
Até o ultimo instante
Que as luzes novamente foram acesas.

Parabéns por ontem, Leonina.
Parabéns por hoje minha menina.
Feliz seja a Lua.
Minha glória, minha cina.

Beijos... Obrigado por existir
E me fazer tão bem.
28 de julho,
Dia pra lembrar
De não lhe esquecer.
A saber, Feliz Aniversário
Era apenas, o que desejava
Naquela piscina, lhe dizer...

Como diria uma canção?
Te ver e não te querer...
É improvável, é impossível.
Te ter, e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível.

Mas, Skank também foi ontem...
Neste caso é passado.
Por hoje, admito:
Eu amei te ver!

Essa canção é um presente no presente.
Sigo sem rima, sem razão...
Mas, contente! Valente!
Registrando na vida
Cada novo refrão
Da historia que apenas eu
Sei como contar
Sobre nós dois.
Tudo para não dizer...

Que não lembrei de você.

Ninho, versão Veleiro.
Tom, Festivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

VITIMISMO:

  O vitimismo é um comportamento caracterizado pela tendência de uma pessoa se colocar no papel de vítima em diversas situações da vida. Aqu...