Em um palco de luzes e sombras dançantes,
Surge a orquestra, alinhada e elegante.
Tom sobre tom, em harmonia tecida,
Afinação que dá vida à vida.
O Fortuna, como a lua, estado variável,
A cada compasso, um destino insondável.
Vozes se erguem, precisas e puras,
Em Carmina Burana, narram aventuras.
Contraltos e sopranos, em uníssono vão,
Graves e agudos, uma perfeita canção.
Violinos e trompas, com arcos e sopro,
Desenham no ar um destino tão nosso.
O maestro comanda, com gestos e olhares,
Cada nota que voa, e nos ares se pares.
É a música que fala, em linguagem divina,
De Fortuna, a roda, que eternamente gira.
E quando o coro explode, em forte clamor,
É o universo que canta, em louvor.
Carmina Burana, o destino entoa,
Em tom, harmonia, e afinação ecoa.
Iluminada noite fria, forte e indigna!
O amanhecer breve vem nos buscar!
Na dança da vida, só cai quem escolhe andar em corda bamba
Agora pois, os escolhidos não rejeitaram o caminho
E convidados estão pela verdade a adentrar o plano alado e ceiar ao som angelical no eterno banquete Divino!
- Edson Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário