O Fortuna (Latim) - Oh Sorte (Português)!
Velut Luna
És como a Lua
Statu variabilis
Mutável
Semper Crescis
aut descrescis
Sempre aumentas,
e diminuis.
Vita detestabilis
A destestável vida
Nunc obdurat,
et tunc curat
Ora oprime,
e ora cura
Ludo mentis aciem
Para brincar com a mente
Egestatem, potestatem
A miséria, o poder.
Dissolvit ut glaciem
Ela os funde como gelo
Sors immanis,
et inanis
Sorte imensa,
e vazia
Rota tu volubilis
Tu roda volúvel
Status malus,
vana salus
És má,
Vã é a felicidade
Semper dissolubilis
Sempre dissolúvel
Obumbrata,
et velata
Nebulosa,
e velada
Michi quoque niteris
Também a mim contagias
Nunc per lundun,
dorsun nudum
Agora por brincadeira,
o dorso nu
Fero tui sceleris
Entrego à tua perversidade
Sors salutis,
et virtutis
A sorte na saúde,
E virtude
Michi nunc contraria
Agora me é contrária
Est affectus,
et defectus
Dá,
e tira
Semper in angraria
Mantendo sempre escravizado
Hac in hora,
sine mora
Nesta hora
Sem demora
Corde pulsum tangite
Tange a corda vibrante
Quod per sortem,
sternit fortem
Porque a sorte,
abate o forte.
Mecum omnes
plangite!
Chorai todos
comigo!
O Fortuna, é um poema do século XIII, dedicado a Fortuna. Suspeita-se que foi realizado como obra literária em dedicação à deusa romana da sorte. Como obra músical, foi imortalizada pela versão atual de Carl Orff, compositor alemão.
Os carmina burana (do latim, "carmem" ou "inis", significa "canto" ou "cantiga". E bura(m), em latim vulgar, "pano grosseiro de lã", um tecido geralmente de pigmentação e cor escura. Por metonímia, designa o hábito de frade ou freira feito com esse tecido.
São textos poéticos contidos em um importante manuscrito do século XIII, o Codex Latinus Monacensis, encontrados durante a secularização de 1803, no convento de Benediktbeuern - a antiga Bura Sancti Benedicti, fundada por volta de 740 por São Bonifácio, em Bad Tölz, na Alta Baviera.
O códex compreende 315 composições poéticas, em 112 folhas de pergaminho, decoradas com miniaturas. Atualmente o manuscrito encontra-se na Biblioteca Nacional de Munique. Carl Orff, é descendente de uma antiga família de eruditos e militares de Munique.
Carl Orff, teve acesso a esse códex de poesia medieval e arranjou alguns dos poemas em canções seculares para solistas e coro, "acompanhados de instrumentos com dons excepcionais, e imagens inacreditávelmente mágica.
Fui em busca dessa preciosidade literária musical, do séc XXIII, pra te provar, que desde a criação do mundo, tudo me faz lembrar você. Existe um magnetismo milenar, que atrai como a força de um luar, e me paralisa e encanta com cada verso seu, composto por mim.
Bella Ragatia, ficarei longe, tanto quanto distante posso estar, por amar demais teu pai, e respeitar a vontade de sua mãe. Porém, mais dia, ou menos dia, nossos caminhos irão se esbarrar. É destino a gente se encontrar, aqui ou do outro lado do oceano.
Até que um dia, olhando dentro de teus olhos... Do manuscrito da nossa historia irei compor a mais bela sinfonia. E nos lábios, vos entregarei a canção da paixão e da bem aventurança. Ao te devolver, fôlego, vida e luz, nossa liberdade perdurará a eternidade.
Essa é a hora que você rir de nervosa, suas bochechas pálidas ficam rosadas, enquanto me concentro e deixo minha alma, falar por mim: Você nasceu pra mim, e não importa o quanto duvidemos disto, é nosso destino cooperarmos para amar e sobreviver.
Pois, quando Deus une alguém, nada mais separa. Lute contra Deus e os céus, contra mim, e meu amor, porém lembre, lutar contra si mesma, por preciosismo e vaidade, é completa tolice. Um suicidio contra a natureza humana que existe. Pra que sentir ciúmes? Quando você pode me ter pra sempre.
Só dizer sim, ou não, mas, você adora um sí... Eu continuo te levando a sério, enquanto você disfarça. Mas, lá no fundo, quem te ama de verdade sabe, sou eu o homem, que pode te fazer feliz. Deixe que todos nos esqueçam, para que tenhamos a liberdade, de dar nossas mãos, lembrarmos do toque entre nós dois. Sentir no frio o arrepio, nos convidando a arder de amor e nos aquecer sem medo.
Se eu pudesse dar um conselho ao dono do manuscrito, diria: "Nunca foi sorte, sempre foi Deus.".
Foi este motivo, que me fez lembrar de você.
Se eu pudesse dar um conselho ao dono do manuscrito, diria: "Nunca foi sorte, sempre foi Deus.".
Foi este motivo, que me fez lembrar de você.
Ninho,
Versão: Atemporal
Tom, Decidido
Conto: Ampuleta Quebrada.
Inspiração: O Fortuna, Carl Orff
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