sábado, 19 de junho de 2021

SANSÃO - QUAL É O SEGREDO DE SUA FORÇA?



Um pedido nobre, 

e um teste, 

oração fizeram 

por seu destino. 


Uma criança ainda informe, consagrada por seus pais para se tornar espetáculo Divino. 

Bem antes de seu nascimento, quando ainda repousa o feto como se estivesse dormindo.

Segredo dos céus, foi reserva de força, em selo de dor, ao silêncio por muitos anos sucumbindo. 

Beleza, glória, e poder, um herói salvífico, juiz e libertador, como guerreiro militar ia surgindo.

Pegou o queixo de uma jumenta

Sansão surgiu como herói do povo 

Desferiu golpe intenso, que parecia colocar a dor em câmera lenta, ainda assim, mais ligeiro que um leopardo, o exército filisteu que servia a Dagon, de dor e por luto, sangrando lamenta. 



Não foi desta vez!


Em sóis, reluzentes que erguem o fulgor da Aurora, fios negros de cabelos longos, brilham indecente, sobre músculos bem definidos abaixo de tranças e madeixas jamais cortadas.


Sansão

Não revele sua força a sua amada

Por traz da ilusão dela

Eles irão tentar te matar 

Pois sentem medo, do que não conseguem domar.


Sansão

Acredite no que te digo agora, Dalila é bela, mas, é astuta. 

E a tentação que a sedução produz irá tentar te cegar


Valentia? Vaidade?

Quanto vale sua arrogância ?

Se te empobrece, vil orgulho. 


A dor da vingança, é prato que se come frio, pela beiradas para não queimar a boca.

Através de lábios, para o beijo mortal lhe dar. 


Certeza, na fé que há força, defende. 

Pele espessa como rocha inquebrável, parece armadura.


Coração mole, cabeça dura. Dalila tanto tenta, até que fura!


A paixão que arde as loucuras

Por compaixão não redime seu ardor

Nas alturas, faz vítima de delírio e êxtases 

Para depois, de desvendar o segredo, 

provocar surpresa, causar maligno espanto e desferir terrível dor!


Bebida forte, tesoura afiada

Violenta o equilíbrio 

Total prece desperdiçada 

Quando a cabeça não pensa 

Quem paga é o corpo


Ao som de gritos e escândalos 

Mulher maldita anuncia

Os filisteus estão vindo aí

Enfrente eles, por mim, e por tua própria vida


De cólera se inflama 

Muita faísca, e o pavio não fumega 

Apagaram-se as chamas 

Sútil arrepio 

Achava ainda ter a força sublime

Que afugentava leões, com braveza e sentenciava malfeitores por seus crimes


Castigado por zombaria, suportava humilhação e infâmia 


Capturado como escravo 

Foi peça de escárnio 

Se tornou o bobo da côrte

Por um corte, que lhe retirou todos os cabelos

Sem deixar nenhum um só fio

O herói outrora respeitado 

Estava arruinado!


Furaram seus olhos

Vendaram suas vistas 

Transpassaram letalmente sua cobiça 

Nas trevas densas da solidão 


Saiu do mel a doçura? 

Da bravura, sua força?


Quem lambuza doce pecado 

Experimenta o amargo, consome o estrago, e prova a ira de uma vingança lenta, servida fria!


Terror e agonia de condoer a espinha! 


Mas, ao girar da roda

Fios de cabelos cresciam

Gira mundo, e revira a volta 

O Criador escreve certo por linhas certas

Onde torto é quem não sabe interpretar

O Herói chega lá 


O renovo voltou

A força retornou

Na unção que desceu

Quando o cabelo cresceu 


E Sansão se lembrou 

Da promessa de Deus

Desde do ventre de sua mãe 

Sobre ser um Nazireu!


Sansão como último ato heroico em favor do povo e de sua própria honra, se sacrificou para levar consigo todos os Filisteus, que distraídos festejavam e debochavam da honra e glória de Deus.


Se agarrou as colunas e as dobrou como galhos frágeis de árvores, e produziu justiça, mostrando que a vingança é do Senhor dos Exércitos: Onde adoradores de Dagon, foram finalmente derrotados.


- Edson Alves

*Versão*: Nazireu 

*Série*: Juízes 

*Tom*: Heróico 

*Inspiração Bíblica*: Juízes 13 ao 16. 

*Conto*: Sansão - O Herói do Povo é Juiz de Deus!

*Fundo Musical*: Ordinary World

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