Um pedido nobre,
e um teste,
oração fizeram
por seu destino.
Uma criança ainda informe, consagrada por seus pais para se tornar espetáculo Divino.
Bem antes de seu nascimento, quando ainda repousa o feto como se estivesse dormindo.
Segredo dos céus, foi reserva de força, em selo de dor, ao silêncio por muitos anos sucumbindo.
Beleza, glória, e poder, um herói salvífico, juiz e libertador, como guerreiro militar ia surgindo.
Pegou o queixo de uma jumenta
Sansão surgiu como herói do povo
Desferiu golpe intenso, que parecia colocar a dor em câmera lenta, ainda assim, mais ligeiro que um leopardo, o exército filisteu que servia a Dagon, de dor e por luto, sangrando lamenta.
Não foi desta vez!
Em sóis, reluzentes que erguem o fulgor da Aurora, fios negros de cabelos longos, brilham indecente, sobre músculos bem definidos abaixo de tranças e madeixas jamais cortadas.
Sansão
Não revele sua força a sua amada
Por traz da ilusão dela
Eles irão tentar te matar
Pois sentem medo, do que não conseguem domar.
Sansão
Acredite no que te digo agora, Dalila é bela, mas, é astuta.
E a tentação que a sedução produz irá tentar te cegar
Valentia? Vaidade?
Quanto vale sua arrogância ?
Se te empobrece, vil orgulho.
A dor da vingança, é prato que se come frio, pela beiradas para não queimar a boca.
Através de lábios, para o beijo mortal lhe dar.
Certeza, na fé que há força, defende.
Pele espessa como rocha inquebrável, parece armadura.
Coração mole, cabeça dura. Dalila tanto tenta, até que fura!
A paixão que arde as loucuras
Por compaixão não redime seu ardor
Nas alturas, faz vítima de delírio e êxtases
Para depois, de desvendar o segredo,
provocar surpresa, causar maligno espanto e desferir terrível dor!
Bebida forte, tesoura afiada
Violenta o equilíbrio
Total prece desperdiçada
Quando a cabeça não pensa
Quem paga é o corpo
Ao som de gritos e escândalos
Mulher maldita anuncia
Os filisteus estão vindo aí
Enfrente eles, por mim, e por tua própria vida
De cólera se inflama
Muita faísca, e o pavio não fumega
Apagaram-se as chamas
Sútil arrepio
Achava ainda ter a força sublime
Que afugentava leões, com braveza e sentenciava malfeitores por seus crimes
Castigado por zombaria, suportava humilhação e infâmia
Capturado como escravo
Foi peça de escárnio
Se tornou o bobo da côrte
Por um corte, que lhe retirou todos os cabelos
Sem deixar nenhum um só fio
O herói outrora respeitado
Estava arruinado!
Furaram seus olhos
Vendaram suas vistas
Transpassaram letalmente sua cobiça
Nas trevas densas da solidão
Saiu do mel a doçura?
Da bravura, sua força?
Quem lambuza doce pecado
Experimenta o amargo, consome o estrago, e prova a ira de uma vingança lenta, servida fria!
Terror e agonia de condoer a espinha!
Mas, ao girar da roda
Fios de cabelos cresciam
Gira mundo, e revira a volta
O Criador escreve certo por linhas certas
Onde torto é quem não sabe interpretar
O Herói chega lá
O renovo voltou
A força retornou
Na unção que desceu
Quando o cabelo cresceu
E Sansão se lembrou
Da promessa de Deus
Desde do ventre de sua mãe
Sobre ser um Nazireu!
Sansão como último ato heroico em favor do povo e de sua própria honra, se sacrificou para levar consigo todos os Filisteus, que distraídos festejavam e debochavam da honra e glória de Deus.
Se agarrou as colunas e as dobrou como galhos frágeis de árvores, e produziu justiça, mostrando que a vingança é do Senhor dos Exércitos: Onde adoradores de Dagon, foram finalmente derrotados.
- Edson Alves
*Versão*: Nazireu
*Série*: Juízes
*Tom*: Heróico
*Inspiração Bíblica*: Juízes 13 ao 16.
*Conto*: Sansão - O Herói do Povo é Juiz de Deus!
*Fundo Musical*: Ordinary World
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