segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

A CENA DO ACENO



Assenta e acena tua cena angelical
Pousa, repousa tua arte magnífica 
Canta e encanta com ar sensacional
Me sequestra de mim, me faz refém!
Seja meu bem! Não me queira mal!

Ar de sedução pra jogar teu charme!

Ar enigmático para despertar mistério...

Ar de sensualidade para expressar o quanto é atrevida?

Grão de areia
Gota d’água 
poeira no tempo
Folha ao vento
Faísca perene
Breve existência 
Chama da vida!

O Sinequanon inaudível 
De intensa exuberância
E ainda estamos aqui...
Envoltos em mil êxtases 
Perplexos anti o fantástico!
Buscando o que não temos.
Perdendo o que já conquistamos.
É assim que tudo acaba?
Não, é aí que tudo começa!

Acena sem sair de cena
Perfeita, quase que criminal
Eu aqui, ainda preso ao teu olhar
Sentenciado a sentir saudades da Bella Ragazza.
Que como réu, confesso, triste em admitir, 
ansioso em questionar... Será que ainda vens aqui?
Sinceramente não sei! Mas, queria saber!
Então este é o sabor do velho amor proibido.

- Edson Alves
- Versão: Detetive
- Tom: Investigativo!
- Conto: Cena Criminal

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