sexta-feira, 24 de julho de 2020

GEAD - CORTINA DE RETALHOS E FRAGMENTOS DO TEMPO

GEAD - CORTINA DE RETALHOS E FRAGMENTOS DE MEMÓRIAS 

Para um segundo 
Sinta o coração bater
Veja as folhas que plainam do ar ao chão 
As copas das árvores altas e imponentes capturam nossa atenção. 

Como mesmo você chegou aqui?

Cortina de mil e um retalhos, carcomida pelo tempo, mostra-nos as linhas que nos transportam aos fragmentos de memórias da nossa própria historia como GEAD.

Feche teus olhos, e deixe que o Pai te leve.

Então, o que você vê?

Eu vejo uma chance
Uma janela de oportunidades
Vejo cadernos
Disciplinas
Vejo um boleto bancário 

Dobro os joelhos
Faço minha oração 

Vejo a casa de uma amiga
Ela está atrasada
Vejo meus alunos 
Eles me ligam
Professor, você vai fazer a prova hoje né?

Sinto que estou por alguns minutos de algumas horas de perder meus sonhos.

- Juliana vamos? 

Ouça aquela voz doce e firme...

- Já estou indo Júnior. Terminando de me arrumar. Sabe como é mulher. Se você demora para tomar banho, imagine eu! Aff!

- Deus! Meu Deus...

Relógio na parede, ponteiro marcam circunstâncias, minha vida passa por milésimos de segundos, e tenho uma visão sobre o futuro.

Vejo uma gigantesca onda
Me sinto remando contra tempestades e vendavais.
Me torno um sobrevivente
Vejo a noite densa e escura se afastar
Ali, perdido no mar sem rumo nem direção, pergunto daqui quem poderá livra-me?

Uma luz abóbora, fina e leve, transpassam nuvens densas e escuras, e colore os céus de cinza avermelhado.

Olho em sua direção e vejo a linha do horizonte

O sol acabar de nascer

Sinto na luz uma direção de Deus

Pouco a pouco a neblina some ao meu redor.

Consigo ver a margem de uma ilha.

Esta ilha tem nome,
Vera Cruz

Continuo nadando
Nadando contras as ondas que vão e retornam desesperadamente, como se o barco do meu ser remasse contra maré.

Chegou finalmente no cais do meu sossego.

Para meu alívio, ao olhar ao redor percebo que não estou só.

Vejo jovens de todos os tipos, e eles se alegram e me convidam para entrar para um time que acaba de nascer

E quando me ergo das águas e sigo em sua direção...

Uma mão no meu ombro me sacode, e diz:

- Vamos a gente vai se atrasar!

- Nossa! Que susto Ju...

- Demora pra caramba, parecia que estava se arrumando para um casamento. 

Então, vejo um ônibus é muita poeira vindo atrás dele.

Vejo pneus e buracos, sacoleja pra cá, sacoleja pra lá, balança mais não cai, e ele quebra antes do destino. 

Meu atraso é certo, a chance de fracasso é fatal.

Eu não tenho dinheiro.
Mas, a Juliana, sempre leva dinheiro a mais.

Vamos Juninho, eu pago a komb pra você.

A gente solta em Itaguai e pega uma vãn. 

- Jesus dos crentes, vai na minha frente. Me faça chegar naquela ilha!  

Então corremos contra o tempo. 

- Amigão você gosta de fórmula 1?

- Ahn? Como?

- O que eu quis dizer, é se você lembra do Airton Senna?

- Hum, Claro, quem não lembra do maior piloto de fórmula 1 do mundo. Mandaram matar aquele cara. No dia que ele morreu eu chorei. 

- Então, já que Ele emociona você, se inspira nele, e acelera Senna para Itaguai, pois eu tenho uma prova, e sinto que isto será um marco de Deus para minha vida. Mas, estou por alguns minutos de perder esta prova. E minha vida, depende do peso do teu pé no acelerador. 

- É pra já.

Imagine um carangueijo disputando corrida em meio a cacos de vidro. Aquele casco de tartaruga bate como metal torcido. E o sonho inaudível de um vislumbre faz surgir a fé de que a gente vai chegar. A gente tem que chegar! Deus me prometeu, é meu! Ninguém toma!

- Qual seu nome?
- Juninho...
- Deus vai te honrar...
- Qual seu nome?
- Leandro.
- Obrigado Leandro Senna! Quem pagará a corrida será minha amiga Barbie girl. 

“Anda Barbie, Vamos Barbie!”.

Entendeu a referência? 
Eu era péssimo com trocadilhos e piadas. Aff. 

Então no martírio e lamento de esperar a Van. Juliana Leão, resolve desistir.

Mulher quando toma uma decisão, é difícil viu. 

Ju, eu tive um visão!
Eu chegava a uma praia, em uma reserva ambiental, parecia uma ilha paradisíaca. Tinha uma placa escrita Vera Cruz. E ao meu redor tinha uma multidão de jovens. Eu não posso desistir agora, mesmo que as circunstâncias digam não. Há algo que me encoraja a prosseguir dentro de mim. 

Finalmente a van chega bem na hora, abro a porta, e jogo minha amiga dentro. Ela me diz.

- Você é louco! Isto é sequestro!

- Eu respondo, cala boca, você me deve uma. No futuro você irá me agradecer por isto. Iremos passar nesta prova. Faremos o mesmo curso. Você será da minha sala. 
Ela resmunga...

- Para piorar, ainda é mãe Diná, e passou a prever futuro. Adivinhação não é de Deus.

- Juliana, eu não adivinho, Deus me revela. São espelhos d’água, uma visão turva do que virá com uma profunda certeza de que irá se realizar. Seguido de arrepio e confiança! Não sei te explicar! Só sei que é Deus. E você vai comigo. Você me deve isto! 

- Amigão, ei psiu, amigão, você já ouviu falar do projeto japonês do trem bala?

- Juliana resmunga, ai meu Deus, ele tem um arsenal destas introduções...

- Motorista, ham, ham, acho que sim.

- E eu começo... Você já deve imaginar. 

Aquela Van fez o circuito na metade do tempo.

E eu e Juliana estamos 10 minutos atrasados.

Eu corri, achei a sala dela, mas, infelizmente não consegui achar a minha. 

Então uma lágrima, brota repentina, desce quente pela face, e quando ela pousa ao chão sinto estalar meus sonhos, como vitrais que se quebram como espelhos de uma Igreja antiga. Eu sinto meu interior se abalar e ser abalado. Uma profunda angústia, grita na alma: VOCÊ ME PROMETEU! 

Aquela voz suave diz: Não temas, Eu sou contigo! Não te espantes Eu sou o teu Deus! Te esforço e te ajudo com a destra da minha justiça! 

E então, um inspetor chamado Sergio. Diz, ei, porque você está ai chorando? Homem não chora. 

- Eu começo a chorar mais ainda.

- Qual sua idade cara? 

- Eu resmungo.

- Ele diz, da idade da minha filha. Você vai fazer a prova para qual curso? 

- Respondo baixinho: Segurança do trabalho.

- Ele grita minha filha Jessica também, eu olho atrás dele e tem uma loirinha de cabelos encaracolado, rindo da minha cara por eu estar chorando. O pai dele me levanta. E diz, vamos irei procurar onde vocês irão fazer a prova.

- Ele acha a dela, e por pura sorte, ele acha também a minha. Ops! Nunca foi sorte, sempre foi Deus!

Ao voltar para casa, percebo que acertei boa parte da prova. Embora Juliana, pareça ter se saído bem melhor que eu. 

E então, o óbvio ocorre. Passamos. Nem dormir aquele dia. Peguei meu sapato branquinho e quando coloquei o pé na rua. Barro e lama. Droga! CHAPERÓ! Asfalta CHAPERÓ Deus! Ou me leva de volta para o Passaredo. 

Voltei, limpei meu tênis da Olímpikus, coloquei uma sacola do mercado Carrefour no pé, e fui embora. 

Juliana me olhou de cima em baixo, não sei ao certo, se você tem personalidade forte ou se você tem muita coragem de ir com a sacola no pé daqui até Santa Cruz!

- Ju, cala a tua boca, quem manda morar mal. E os dois começaram a rir! 

E eu tirei para não envergonhar a Ju...

Isso me custou ser zoado nos dois anos seguintes. Olhava para o barro do tênis. Oi você é de Chaperó né? Ah! 

Sim, sou sim... Aff! 
De rico a roceiro ninguém aguenta! Que prova! 

Primeiro dia de aula, nova turma, meu nome e o da Juliana está na mesma lista, na mesma turma, e para piorar a loirinha bonitinha que adora rir da minha cara, está lá. Jessica. Seria representante de turma comigo, e minha rival até o terceiro ano do ensino médio. Como aquela garotinha bonitinha me perseguiu. 

Então eu fui almoçar e quando estou voltando do refeitório, uma menina, de braços franzinos, com o cabelo todo amarrado para traz, me puxa e diz, vamos pro GEAD? 

Seu nome Jaira, e a menina sentada atrás dela com cara de poucos amigos, Luana, depois viriam gêmeos, Sirlene. Até que o grupo cresceu com a turma do Reteté ( Estenio, Tati, Karen) e dos roqueiros ( Davi, Herbert, Igor, Alan, e o lendário Laércio.).  E cresceria mais ainda com a turma dos homens musculosos ( Robson, Gustavo, Thiago e Rodrigo Lobinho), e as meninas elegantes, ( Roberta esposa do Robson, Pity, Lorena, Penelope, e outras.). Quando me dei por mim, a roda inicial de seis pessoas, já contava com quase cem. 

- Então, o Roqueiro invocado, ao pregar palavras como profeta João Batista, olha uma linda garota magrinha, de pele branca como a neve, que estava passando de fininho por fora do círculo. E diz: 

- Qual seu nome menina?

- Ela responde, com voz tímida e face envergonhada. Evelyn. 

- E Laércio o discípulo recém chegado da Luana, traz mais um reforço para equipe, bem no meio da pregação. Este aí superou Pedro na pesca abundante. Nem esperou o Mestre fazer o milagre. Jogou a isca, o anzol, a rede e ainda pulou no mar, e trouxe o peixe na marra. Ele era divertido e louco. Mas, para sorte dele, naquele GEAD, ninguém era normal. Ninguém batia bem do juízo. Todos loucos por Deus, e eu era o principal entre aqueles loucos. Achei um grupo que era minha cara. Lembrei da visão. Comecei a chorar compulsivamente. E copiosamente soluçava, sem nada dizer. 

GEAD, nossa história vem de muito tempo. Não é um paixão nem um momento. É como acordar em plena luz do dia: E ouvir aquela doce voz que me guia!!!

Não me culpe por sentir tanto amor por vocês! Apenas aceite, que foi o eterno que plantou em nós está semente que alimenta a chama! Meu interior arde como uma sarça que queima e não se apaga! Obrigado por vocês existirem e permanecer aqui amigos. 

Eu não sei do que seria minha vida sem Deus e sem vocês GEAD. 

Então está é minha historia como eu conheci o GEAD. 

Você poderia nos contar também a sua.

O que você acha?

Não seria legal ter os detalhes da tua história em um livro, para mostrar para amigos, familiares, filhos e netos? 

Pense sobre isto. Isto pode salvar vidas no Reino de Deus. 

Te amo GEAD, me conte também a sua historia. 

Lembre, em um livro, não existe meu e seu, tudo é nosso! 

Me ajude a contar a nossa história. 

- GEAD, em Retalhos e memórias...
Sexta feira, 24 de julho de 2020. Das 7:00 às 8:23.
Brasil 🇧🇷 - Rio de Janeiro.

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