sexta-feira, 15 de junho de 2012

QUE TIPO DE CRISTIANISMO DESEJAMOS?


     
      Hoje estive assistindo um filme, o título era, Escritores da Liberdade. Confesso não ser um filme que se ver estampado todos os dias nos cartazes da existência. Porém, os valores, a mensagem talvez, me incomodou, no sentido de me mover de meu estado comodo, fui convidado a seguir em frente. Desafiaram-me a lutar, a tornar-me protagonista das apresentações em meio as experiências. Escrever novas histórias através de minhas atitudes, causar uma tempestade de mudança e transformação onde eu pisasse, onde quer que minhas palavras fossem. Creio que minha geração possa perceber seus defeitos, suas falhas, buscar uma solução para maneira predatória com que temos administrado nossas vivências. Precisamos nos unir além de cultos, nossos discursos estão bem encorpados de processos filosóficos, há belas elaborações teóricas em nosso script,  porém, não tem sido suficiente. Muitos são os que morrem todos os dias mergulhados na solidão de seu próprio ser. Sem ter na voz o som da própria vontade traduzida em liberdade. Perecem nesse sistema corrompido. Os que chegam, perdem logo o gás, não possuem empolgação para defender uma proposta original, oficialmente sua. Eu havia também perdido minha esperança. Apesar disto, pude notar além das densas nuvens um sinal de que o tempo pode mudar. Afinal, quem tem autoridade de roubar a essência que possuíamos? Quem nomeou tantos juízes de nossas causas ante ao tribunal da vida? Não, eu não posso parar, ninguém irá calar minha voz, e me privar de ver e viver a vida do meu jeito. Que mundo tumultuado eu nasci! Entendo, provavelmente esta seja minha maior missão, viver! Então, imaginei, é fato, somos diferentes eu sei, mesmo assim, me pergunto, será  tanto? Estamos tão distantes de nós mesmo e ainda assim permanecemos humanos? Meditei novamente sobre nossos valores, nossas crenças, nossa cultura, nossos níveis de articulações políticas. Refletir sobre o legado do movimento cristão, tentei analisar os sinais históricos do processo Cristão primeiramente entre Judeus, posteriormente entre católicos, protestantes e contemporâneos. Infelizmente, em nenhum deles achei algo além de Riquezas, poder e sabedoria. Não achei o amor incondicional das diversas intenções do Mestre Jesus, não conseguir assimilar os golpes de uma fé pura, não enxerguei a verdadeira luz libertadora e Eterna, nossa esperança final! Ao que novamente, e por repetidas vezes após essa, questionei-me. : - Que tipo de Cristianismo desejo? Conclui e ao investigar, não o achei em outro lugar, se não na Bíblia, esse livro Sagrado e de inescrutáveis mistérios. Notei, sinceramente que eu era muito pacifico, não existia em mim a força para rebelar-me contra essa falência espiritual. Foi quando dei por mim, eu não era um Cristão autêntico, puro, eu era uma cópia fajuta dos antigos, dos atuais e decadentes espirituais. Não desejo um cristianismo de parcialidades, de contradições, de ausência de libertação eternal, compromissado com valores tão rasos, com falsas verdades, vazios, sem amor, sem o Amor como mensagem. Disse não para o carisma dos Católicos. Um evangelho dos evangélicos não desejei. Rompi com o avivamento ala brasileira e busquei me comprometer profundamente com os marginalizados. Desejei alojar meus discursos em prostíbulos, favelas, na Central do Brasil, nas cracolândias da vida, nos carceres, nos presídios morais da Classe Média, nos hospícios, nos hospitais, em busca de um ser carente da verdadeira salvação de Cristo. Um Jesus humano que morreu por nós em cruz, que marcou-nos com suas palavras, discursos e atitudes, santas práticas. Amar o próximo como a mim mesmo. A propósito, sem querer ofender, quem é mesmo o seu próximo? Quem é você como cristão? Que tipo de cristianismo você sonhou? Que tipo de Cristianismo desejamos? O evangelho do Reino de Deus sendo anunciado é suficiente. O Cristianismo do Mestre Jesus Cristo basta, não desejo nada mais.

- Edson Alves.

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