domingo, 17 de junho de 2012

A FÉ E A ANGÚSTIA.



"Imagine ser por um instante todos seus sonhos fossem reais, tente acreditar, nem que seja por pequenos segundos que seus desejos mais intensos podem tornar-se realidade, agora sinta. Isso é possível em Deus. E a angústia parece o espaço de tempo ideal para fé agir, e o sorriso de Deus traze-los a existência dentro de você".
- Edson Alves.

           O conceito de Angústia de Soren Kierkegaard ensina-nos a refletir sobre a importância de viver esse momento humano com a perspectiva de agradar o momento divino ao permitir o mesmo processo. A afirmação é esta. :
"Aquele que é formado pela angústia é formado pela possibilidade, e somente quem é formado pela possibilidade é formado pela infinitude. Portanto, a possibilidade é a mais pesada de todas as categorias...na possibilidade tudo é igualmente possível e quem foi realmente educado na possibilidade compreende tanto seu lado terrível quanto o agradável. Mas para que o indivíduo se forme absolutamente e infinitamente na possibilidade, então ele deve ser sincero na possibilidade e daí então ele deve ter fé. Por fé, eu entendo o que Hegel determinou apropriadamente como [A certeza que antecipa o infinito]. Desta forma, a possibilidade, na sua infinitude, ou seja, idealização das coisas finitas, jogará na angústia o indivíduo, até que ele as vença nesta antecipação do infinito que é a fé".

            A fé jamais pode ser um fardo sobre nosso direito de lutar ou uma barreira que nos impede de agir para além dos muros institucionais em prol de salvaguardar a pureza e unidade da Igreja. Precisamos pensar fora da "caixinha", abandonando de vez a dependência do "templo" na pessoa da Instituição religiosa. Segundo Ludwig Feuerbach, na obra Essência do Cristianismo a razão consciente ao relacionar-se com as ideias religiosas deve apenas destruir uma ilusão. Uma ilusão, porém, que está longe de ser inócua, porque exerce sobre o ser humano uma influência intrinsecamente perniciosa e funesta, que destrói suas forças para a vida real e lhe faz perder o sentido da verdade e da virtude... A religião é a cisão do ser humano consigo mesmo. Ele se põe diante de Deus como seu oposto: Deus é infinito e ele é finito; Deus é perfeito, e ele é imperfeito; Deus é onipotente, e ele é impotente; Deus é santo, e ele é pecador. Deus é o polo positivo, a soma de todas as realidades, e o ser humano é o polo negativo, a soma de todas as nulidades.

Em suma, o desafio é este, entre perigo e angústias o atrativo de Deus é alimentar-se profundamente alegre de sua atitude, necessariamente a fé! Sem fé é impossível agradar a Deus, mas, na sua angústia, o teu Deus te diz. : Para mim nada é
impossível!

- Edson Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário

VITIMISMO:

  O vitimismo é um comportamento caracterizado pela tendência de uma pessoa se colocar no papel de vítima em diversas situações da vida. Aqu...