A vida não é feita apenas de campos verdejantes
Há horas que subimos corajosamente as montanhas
Outras, que repentinamente ao Vale do esquecimento descemos.
Nem todo oases sacia nossa cede, cedo ou tarde, o deserto sempre vem.
Não há bem que nunca acabe
Não há mal que sempre dure
Tudo passa, como passam as estações
Se vão também as flores
Se vão também os frutos
Se vai o calor, e o frio cresce
E como cresce, até que alguém aqueça.
Se minha pulsação começasse a desacelerar agora…
… Fico a me questionar em que momento, meu coração finalmente iria parar de bater.
Caso ocorresse de minha alma criar asas, e meu espírito retornar ao paraíso para abraçar a luz
Fico a me perguntar se as memórias sobre mim, resistiram a poeira das lembranças ao deparasse com o relógio do destino e do tempo.
Quem iria sorrir das minhas piadas esquesitas?
Quem iria cantar, meus poemas e melodias?
Quem iria ler os livros que não publiquei?
De quem eu iria cuidar no Reino que breve entrarei.
E na dimensão terrena, de mim, quem se lembraria?
Se o poema que é minha vida, sucumbi ao assombro convite.
Me pergunto: do meu olhar gentil, quem se lembraria?
Autor ✍🏽: - Edson Alves
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