**A Canção do Apóstolo Solitário**
Oh, sombras que caminham ao meu lado,
onde outrora havia irmãos e lume!
O frio das promessas desfeitas ecoa
como um sino quebrado sob a abóbada do tempo.
Demas partiu, levando consigo o véu da ilusão,
Alexandre feriu-me com lâmina oculta,
e os que ergui, os que amei, os que orei,
desvaneceram como névoa ante o vento cruel.
Mas, em minha solitude, algo brilha,
algo maior que a traição e o abandono.
A voz que nunca dorme, o olhar que nunca se desvia,
a força que me sustenta, mesmo quando os homens se vão.
Vejo no cárcere uma luz que não é deste mundo,
ouço entre os muros o cântico eterno.
Pois se tudo se afasta e nada permanece,
Deus ainda está comigo—e isso basta.
Assim, sigo, não por glória, não por nome,
mas pelo chamado que queima em meu peito.
Pois se a coroa um dia repousar em minha fronte,
será forjada no fogo da fidelidade e do amor imutável.
—Inspirado na jornada do Apóstolo Paulo,
ecoando as vozes de grito de abandono repetido de minha alma com alegria pelo sofrer perseguição em Cristo Jesus ✨
Por: - Edson Alves ( @juninhogead )
Que este poema seja um reflexo da alma resiliente de Paulo.
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