Eu parto deixando a porta aberta, porém, não espere eu retornar.
Pois o amor nunca retorna aos que o abandonam com um coração partido.
Se despede em silêncio e pra nunca mais voltar.
E assim, o vento leva consigo as últimas palavras,
sussurradas entre paredes que já não me reconhecem.
O chão, testemunha dos passos hesitantes,
não clama, não pede, apenas os esquece.
Há um instante em que tudo se despede,
não com gritos, não com lágrimas,
mas com o peso invisível das promessas quebradas,
que se desvanecem como cinzas ao amanhecer.
O amor é chama que não se reacende
onde a frieza cortou suas raízes.
E quem o vê partir sem luta,
jamais conhecerá o calor da sua volta.
Pois os que abandonam, abandonam a si mesmos,
na ilusão de que algo os esperará intacto.
Mas não há retorno para o que foi despedaçado,
somente o silêncio, e uma porta eternamente aberta.
Por: Edson Alves ( O @juninhogead sou eu)
— Inspirado na profundidade do **Diário dos Repetidos Abandonos**
Que este poema ecoe o peso e a beleza da despedida… ✨
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