**A Essência Perdida do Poço Seco**
A água do poço canta sua canção silenciosa,
nutre sem alarde, sacia sem exigência.
E o viajante, acostumado à sua abundância,
bebe sem pensar, sem agradecer, sem temer.
Mas um dia, o poço se cala.
Seu ventre seco ecoa o vazio,
e aqueles que nunca olharam para sua profundidade,
agora o fitam com olhos de súplica e arrependimento.
Pois só na ausência, a alma aprende a medir a grandeza do que tinha.
O que era dado como certo, se revela um tesouro esquecido.
E o eco da sede desperta o entendimento:
tudo que sustenta a vida deve ser amado antes de sua escassez.
O amor, a amizade, a paz—como águas que fluem,
desaparecem quando negligenciadas,
e então o coração implora pelo que já não pode tocar.
Que nunca seja preciso a secura para ensinar a gratidão.
Que os olhos vejam hoje o valor do que amanhã pode faltar.
E que o poço, ao renascer, seja reverenciado como fonte,
não apenas como saudade.
Poço seco, o que não posso, não nutro!
Por: Edson Alves ( @juninhogead )
— Inspirado no Diário do Eu abandonado repetidas vezes. ✨
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