Muitas pessoas me pergutam qual foi a maior diferença que senti entre migrar de uma família rica para uma família pobre? Substituição de nomes de refeição. Calma! Eu explico. Na casa de meus avós era servido polenta ao molho bolonhesa. Na casa de meus pais era angu com carne moída. Quando com meus avós ou tia, sopa tinha sempre um nome, sopa de ervilha, caldo verde, vaca atolada, de letrinhas, canja. Com meus pais era sempre sopa, se perguntasse o nome, sopa de entulho.
O interessante é que o "acompanhamento" do feijão, arroz e macarrão dos meus avós, era simplificado pelo termo "mistura", com meus pais. Já na minha tia se eu denominasse o bife acebolado com ovo estalado por cima de mistura, eu e meus primos ouviriamos o grito, " - Bife a cavala!". Eu começava a rir por dentro, na minha terra eu conhecia cavalo e égua, quem seria a "cavala"? 😂🤣Risos...
Lembro-me da substituição de alimentos. Com meus avós farofa recebia bacom, cebola, cove, banana, uva passas, e ovo. Com meus pais, farinha extremamente torrada e ovo. Quando faltava ovo, a rolinha do pé de jamelão era uma opção. Nesta ordem foi fácil notar que beringela á milanesa era substituido por chuchu ao ovo. E macarrão com carne moída ou com queijo ralado, ser transformada em macarronada ao molho bolonhesa, branco ou madeira...
Eu tinha um costume terrivel de chamar champignons de cogumelos. Era engraçado. Algo interessante e cômico era perceber que pomarola pra um era extrato de tomate para o outro. Que sopa de letrinhas era entendido como miojo. Agora, o desenho Popeye, me confundiu demais, com meus avós era espinafre para ficar forte. Com meus pais, era cove pra ficar forte. Confesso que até hoje as vezes confundo os dois pelo paladar.
Essa é pra mim a melhor diferença entre pobres e ricos. Mas, e entre ricos e magnatas? É o numero de sucessivos zeros na hora de pagar a conta. Além de nomes sofisticados para iguarias que possuiam valores elevados com sabores nem sempre apreciáveis. Caviar, não importava o tipo, quase sempre eram horriveis. Mesmo se acompanhado de algo, o gosto era um desgosto, exótico demais pra mim. Minha prima percebia minha cara de nojo e com sorriso no rosto me dizia "pobre é uma desgraça!"...
E comida doce com salgada, putz, melão com presunto, queijo com goiabada, farofa de banana, ameixa com baicon, salada de figo, pêra com gorgonzola, abacaxi com frango, cartola de banana com queijo coalhado, a lista não para. Até hoje meu paladar não compreende essas receitas agridoces. Sério, minha tia e prima comiam isto com uma felicidade, e eu com um desgosto. Isso quando não sentia ânsias ou enjoava. Minha prima mijava de rir enquanto expressava " ele vai chamar o Raul.".
A comida japonesa foi um desafio e tanto. Comer salmão cru, de palitinho e ainda provar aquele arroz papa mergulhado no shoyo. Demorou bastante para me adaptar ao paladar. Atualmente, os assados são sempre melhor opção. Por fim, há uma coisa que eu gostava demais, no almoço de domingo no Planalto do Shopp, aquela picanha era uma verdadeira delicia.
-Edson Junior.
O interessante é que o "acompanhamento" do feijão, arroz e macarrão dos meus avós, era simplificado pelo termo "mistura", com meus pais. Já na minha tia se eu denominasse o bife acebolado com ovo estalado por cima de mistura, eu e meus primos ouviriamos o grito, " - Bife a cavala!". Eu começava a rir por dentro, na minha terra eu conhecia cavalo e égua, quem seria a "cavala"? 😂🤣Risos...
Lembro-me da substituição de alimentos. Com meus avós farofa recebia bacom, cebola, cove, banana, uva passas, e ovo. Com meus pais, farinha extremamente torrada e ovo. Quando faltava ovo, a rolinha do pé de jamelão era uma opção. Nesta ordem foi fácil notar que beringela á milanesa era substituido por chuchu ao ovo. E macarrão com carne moída ou com queijo ralado, ser transformada em macarronada ao molho bolonhesa, branco ou madeira...
Eu tinha um costume terrivel de chamar champignons de cogumelos. Era engraçado. Algo interessante e cômico era perceber que pomarola pra um era extrato de tomate para o outro. Que sopa de letrinhas era entendido como miojo. Agora, o desenho Popeye, me confundiu demais, com meus avós era espinafre para ficar forte. Com meus pais, era cove pra ficar forte. Confesso que até hoje as vezes confundo os dois pelo paladar.
Essa é pra mim a melhor diferença entre pobres e ricos. Mas, e entre ricos e magnatas? É o numero de sucessivos zeros na hora de pagar a conta. Além de nomes sofisticados para iguarias que possuiam valores elevados com sabores nem sempre apreciáveis. Caviar, não importava o tipo, quase sempre eram horriveis. Mesmo se acompanhado de algo, o gosto era um desgosto, exótico demais pra mim. Minha prima percebia minha cara de nojo e com sorriso no rosto me dizia "pobre é uma desgraça!"...
E comida doce com salgada, putz, melão com presunto, queijo com goiabada, farofa de banana, ameixa com baicon, salada de figo, pêra com gorgonzola, abacaxi com frango, cartola de banana com queijo coalhado, a lista não para. Até hoje meu paladar não compreende essas receitas agridoces. Sério, minha tia e prima comiam isto com uma felicidade, e eu com um desgosto. Isso quando não sentia ânsias ou enjoava. Minha prima mijava de rir enquanto expressava " ele vai chamar o Raul.".
A comida japonesa foi um desafio e tanto. Comer salmão cru, de palitinho e ainda provar aquele arroz papa mergulhado no shoyo. Demorou bastante para me adaptar ao paladar. Atualmente, os assados são sempre melhor opção. Por fim, há uma coisa que eu gostava demais, no almoço de domingo no Planalto do Shopp, aquela picanha era uma verdadeira delicia.
Bom então é isso, por hoje é só, preciso sair para resolver problemas...
Happy Funny,
Happy Funny,
-Edson Junior.
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