Do grande adormecido
Sai o fogo, surge força
Do pó que esteve morto
Uma fera nasceu, reviveu.
Do ventre aquecido
Se lançou luz ao céu
Se notou calor ao ar
Desceu labaredas á terra
Ao longe, o espanto se fez ouvir
Das chamas que por tão próximo
Puderam chegar, estar, queimar
Surpreendeu impávidos herois
Da boca, o bafo nos consome
Enquanto ás chuva de cinzas
Regam relva, selva, corações.
Do chão brota pranto, lamento
Seu estrondo é pior que trovão
Se ergue o gigante em erupção
De sua fúria, alguém escapará?
De tua ira, quem poderá se salvar?
Assim a espécie humana se assemelha a um vulcão
Que submetida a altas temperaturas, o sangue ferve
Onde, angústia arde saudades, refaz chamas, paixão
No ponto que toda pressão impera, faço surgir amor
Do calor do meu toque,
Quentura do meu abraço,
Seu corpo frio, gélido,
Sua alma nú, e frágil
Se lembrará? Desejará?
Meus beijos em teu rosto
Bochecha rosada, corada,
Lábios cristalizados almejar?
Entre meu sim, e teu talvez
Só o tempo e o destino dirá
O vulcão do meu coração
Deseja inflamar, lhe arder
E não lhe consumir,
Enquanto te elevo.
Teu hálito posso sentir
Suspensa aos céus, flutuar nas alturas,
Na ilariante noite, do chão tirar teus pés.
Lhe elevar em êxtase jubiloso até perder o ar
Confessar-me, sou ou não, tudo que sempre quis?
E em calor dizer-me
Resposta infinda
Da velha pergunta
Diga-me! Tu me amas?
Se não, me deixe partir!
Ninho,
Versão, Vulcão
Tom, em erupção
Contos: Forjados a elevadas temperaturas.
Nascido do Fogo. Feitos de luz e Calor.
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