"Não basta ter amor pelo pobre, deve ser um amor eficaz."
- Paulo Freire.
Vivemos um momento da história do fazer cristão delicado e predatório. Um cristianismo muito competitivo e pouco cooperativo. Uma fé abalada e bastante imediatista. De formulações de belos discursos e raras práticas, que seria a força motriz destas rasas verdades concedendo-lhes voz e vida. Presenciamos um instante no palco da existência, que dure pouco, diga-se de passagem, onde o antigo protagonista ser cristão cedeu lugar ao pobre protagonista ter cristão. Onde solução ocupa lugar de salvação. Percebemos o colapso da Instituição religiosa como um todo quanto aos valores verdadeiros do evangelho e as boas novas deste Cristo genuíno que a bíblia narra. O Cristo genuíno é esse que abriga em sua maneira de viver a vida, todo ser humano sem distinção. É aquele que é instrumento de paz, de uma paz divina; É o mesmo que combate o ódio com amor e não com espada e pedras. É também, aquele que oferece perdão quando a ofensa se faz. Finalmente, é aquele que onde há discórdia, concede a união e onde há a dúvida, faz surgir a fé. O Cristo genuíno, é aquele que oficialmente tornou-se puramente humano. É aquele que ao torna-se homem, buscou compreender nossas falhas, dores e medos. Sentindo um a um em sua pele graciosa. Aliás, O Cristo genuíno é aquele que sempre se faz próximo de nossas necessidades. Não como mero observador da calamidade humana. Porém, atuante, milita em favor de oprimidos, cansados, desesperançados, aflitos, perdidos, solitários, marginalizados, doentes, pobres e todos, infinitamente todos que precisem D'Ele. É um Deus amável, afável, agradável, maravilhoso, curador, protetor e até mesmo sensível as nossas necessidades. Um Deus de ternura que nos abriga na grandeza de seu ser. E somente N'Ele estaremos para sempre seguros. Deus é um Pai maternal como nos evangelhos, que como galinha protege seus filhos. Que está a esperar na porta, olhando ao horizonte e aguardando o retorno do filho, como na parábola do filho pródigo. Um Deus solidário, uma Mãe paternal, que nos gerou e nos concedeu autonomia para viver a vida. Que vivamos então de maneira excelente, e ao vivê-la intensamente, estejamos felizes. O cristianismo de Cristo é esse que é formulado nas experiências da vida, é este que ama, não por meras palavras de persuasão, mas, que com atitude desmonstra um amor eficaz, amplo, verdadeiro, puro e belo.
-Edson Alves.
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