Minha liberdade apela para que o tempo pare, mas, ele corre, ele passa e corre de mim. Porém, só eu não me dou conta? Não há tempo para pensar no tempo, afinal temos contas a pagar! Óbvio!!! Por que é mesmo que vendemos nosso tempo? Negociamos, o inegociável, e um crime perfeito se fez. Onde, por clareza diante da investigação, somos por hora cúmplices, em outras, assassinos. Nossa acusação, permitir que nossa alma experimente dessas atrocidades que foram montadas ao nosso redor para nos entreter.
Atualmente, o stress se faz. E você ainda não se deu conta... Que foi para ver o sol nascer quadrado que prenderam seus pulsos com algemas do tempo. Conquistaram o solo de sua liberdade e lhe devolveram um campo de sangue e metal torcido. Suas horas valem agora latas vazias e pratas e o leilão de vossa alma resultou em um destino fatal! O preço da traição é um veneno letal e trocar mel por fel parece tolice. E apesar disto... É o que mais se pratica entre os mortais ingênuos. Irrita saber que ainda somos os mesmos...
E por isso deixamos de viver, que pena! Perceber que a vida não é mais plena. Quem dera os segundos de felicidades fossem eternos em nós. E a lembrança desse as mãos a esperança! No entanto, o que passou passou, não volta mais. Por trás das cortinas da existência o palco se mostra com a estréia exclusiva de "tempos modernos". A dor é sentir que a platéia, sua fiel refém, somos nós. Isso me leva a imaginar o quanto somos responsáveis por um crime contra nós mesmo. Nossa pena, gastar a vida e se gastar por ela vendo o sol nascer quadrado. E aqui estou, acompanhando os ponteiros, aprisionado no tempo que se chama hoje, sem poder me libertar rumo ao porvir. Mas, o que será que me aguarda? Para quem vive a eternidade, qualquer hora é a hora certa. E a única certeza que carrego é a incerteza de saber ao certo em que momento ocorrerá a última hora.
- Edson Alves
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