sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ARVORE E FRUTOS


Arvore...
Sementes no apice do sucesso
Ar de quem planta
Inspiração de ver.
Sucesso de quem ora.

Broto, que surge da terra
Terra que enterra sementes
Mentes que entende o dilema
Quem desejar viver
Precisa a morte aceitar

Inundado pelas aguas
Da fonte, que parece jorrar
Fontes eternas, supremas e desconhecidas
Aquela serena e pura que mata a sede de Deus

Arvore, se suas raizes pudessem andar
Para onde fugiria?
Só saindo da Ilha
Para notar o continente
Que se tornou Vera Cruz.
Se suas cicatrizes falassem
Qual história nos contaria? 
Quantas vezes a afiada ambição humana
Dilacerou sua presença
Para fabricar futilidades
Ilusões sem valor por pura vaidade
Sem respeitar sua grandeza
Sem perceber sua idade.

Arvore que faz madeira
Na maneira que surge a lenha
A senha para acessar a historia
Esta no machado do lenhador
Ou na dor do martelo que esmiuça a penha.

Ei Pau Brasil!
Que não sabe bater
Que só sabe apanhar!
A mão que furta o ouro
Não bate, abate ou apanha

Mas, Brasil
Com pau na mão
Cheio de artimanha
Cadê seus frutos?
Então, para de manha.
Cadê suas sementes
O que os olhos não vêem
Seu coração jamais sente
Mas, sua mente admite
Assume, você mente!

Minha terra tem palmeiras
Tem corruptos e marajas
Os malandros que aqui nos roubam
São piores que os de lá.

Outrora recebiamos espelhos
Atualmente, pagamos pra nos roubar.
Vejo homens como árvores
E afirmam são quase todos infrutiferos.
Só sabem colher, comer e dormir...
Os Juizes daqui, sálarios, só sabem aumentar!
Os Politicos daqui só sabem roubar!
Os bandidos daqui só pensam em matar!
O povo que não sabe plantar!
Está aprendendo a revidar!

E em terra de cegos quem tem um olho é rei.
Os Portugueses catequizaram...
Para os "piratas" governarem
E os corsários que não roubam
Comecem a matar.

Certa vez o Mestre estava
Da cegueira um homem á livrar
Ensinando o sentido da visão
Questionava o que passara a enxergar
Seus olhos avistaram homens como arvores
Revelando o segredo espiritual
Humano de verdade naturalmente
Precisa dar frutos
Se não seu destino é fatal!

Porém, ninguém esqueça a regra da vida
Que tão cedo terá que aprender
Aquele que não planta nem rega
De fome terá que morrer
Pois, se não semeia, não colhe
O que terá pra comer?

Há um ditado nas ruas
Que afirma que quem semeia vento
Colhe tempestade!
Porém, há uma outra regra pra mim
Que melhor nos ensina a verdade:

Ninguém é obrigado a semear!
Porém, o que plantar o homem...
O mesmo colherá.

Ninho, versão Nativo!
Tom, Mitico e mistico!
Conto: A Revolta dos Tupinambas! 

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