Em um quarto banhado pela luz do sol, onde o calor do outono sussurra através das frestas das janelas, ela se senta, aconchegando um violão como se fosse uma extensão de sua alma. Seus cabelos escuros e volumosos emolduram um rosto que irradia uma beleza serena, com olhos que fitam sonhadoramente o infinito, capturando a essência de um mundo interior silencioso, mas profundo. A jaqueta jeans que veste, levemente desgastada, fala de incontáveis dias imersos no abraço da música, enquanto seus dedos delicados dedilham as cordas, arrancando melodias que ressoam com os anseios mais profundos do coração.
Ao seu lado, um gato com olhos como esmeraldas polidas se senta, sua presença um testemunho silencioso do vínculo tranquilo que compartilham. O quarto, adornado com a decadência sutil das folhas de outono esquecidas e um charme rústico, torna-se um santuário onde cada toque nas cordas do violão se funde perfeitamente com a luz que se esvai, criando uma sinfonia etérea que fala da beleza dos momentos efêmeros da vida.
Tempo que eu não tinha mais. Ninguém sabia, mas, eu estava de partida.
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- Edson Alves (@juninhogead)
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