Se está dor é o quinhão
Que me compete nesta etapa
Permita, que eu possa suporta-lá
Abraçando amorosamente o peso desta estranha cruz.
Quando eu estiver em crise, conforta o meu coração.
Quando mãos de aços invisíveis, apertarem minha garganta, venha em meu auxílio.
E conceda-me a dádiva de lágrimas libertadoras.
Quando a escuridão se fizer presente, e de breu se travestir minha vida, que haja uma réstia de luz, esperança e consolação, brilhando no fundo do poço.
Quando tudo tiver perdido o sentido e eu me encontrar prostrado, e abatido, desejando apenas morrer...
Que um anjo seu, venha me falar de vida; de novas oportunidades; de melhores circunstâncias.
Quando a aridez for tanta, que eu me torne incapaz de dar um sorriso para um filho meu ou para quem quer que seja, eleve-me a majestade do Seu Reino, e banha-me nas águas da sua redenção, bem fazer-ja.
Quando eu estiver paralisado de temor, face aos monstros incompreensíveis do pânico, diante de uma pandemia global, das guerras, da fome, da culpa, da letargia, da fobia, do isolamento, do ódio auto direcionado, preso em caverna.
Faça me lembrar de imediato, que seu amor, se coloca acima de tudo e de todos estes algozes ilusórios, fruto do meu transitório desequilíbrio, e que eu possa nesta hora, abandonar-me em seus braços, na mais irrestrita confiança.
Ah! Permita-me Senhor, que está dor não me coloque a margem da vida, aprisionado em uma caverna. Antes que eu aprenda com ela, e que dela, eu seja capaz de arrancar o meu aprimoramento.
Quando Senhor, a dor se agigantar de tal sorte que estando eu vivo, eu estampe a própria morte, com pensamentos e sentimentos em convulsão. Incapacitado de balbuciar a mais simples oração. Assuma nesta hora o comando da minha embarcação. E sem que eu perceba, conduza-me a um Porto Seguro, de luz e salvação.
No dia Senhor, quando eu finalmente estiver curado, e reabilitado, livra-me de tornar esquecido, para que eu possa amorosamente abrir meu coração, estender as minhas mãos, ir ao encontro do teu propósito e levar a consolação aos meus outros irmãos deprimidos.
- Deus rompeu com as amarras do silêncio e disse:
Profeta Elias!
Saia da caverna
Três mil joelhos
Não se dobraram
Feriu profetas de Baal
Derrotou os de Azera
Fiz fogo cair do céu
Mas, corre de Jezabel?
Te dei pão
Te dei agua amor
No furacão você
Não me encontrou
Na calmaria
Te pedi tua dor
Posso te levantar?
Soprei o vento impetuoso
Derramei fogo purificador
Lhe saciei com água cristalina
Pão Sagrado, fui vida
Na cruz um dia, serei Amor.
Lance a tua capa
Desata os nóis de Eliseu
Te revelo o segredo
Não estaremos á sós!
Com carruagem de fogo
Eu vim te buscar
Não sinta medo
Da chama que arde
Todo mal se consome
Sem te queimar
Faço de ti o modelo
Como voz do deserto
Que preparará o caminho
Do verbo, do filho e do amor
Que se faça entre nós.
Forte Abraço
Que vocês tenham um bom ano.
E sejam libertos do sofrimento.
- Edson Alves
Série: Diário dos Profetas
Inspiração: Elias na caverna
Referência Bíblica: I Reis 19. 1 ao 18
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