GEAD - PERSEGUIÇÃO OU RESGATE?
GEAD, estamos em uma caminhada de um pouco mais de um mês nesta nova fase.
Me sinto suscetível a admitir que você talvez pense que estou lhe perseguindo, lhe confrontando, lhe desafiando, como se eu fosse alguém melhor que você.
Mas, não é nada disto.
Então tentarei lhe explicar através de uma parábola:
Um militar avista uma grande guerra ocorrendo na linha do horizonte. Sobe a bordo de um grande helicóptero, em uma espécie de missão.
Da janela ele vê mãos cortadas, pernas, pés, um verdadeiro cenário de massacre e horror. Ele solicita ao piloto permissão para descer. Autorização é concedida. Então desce até a ponta de um penhasco e há rastro de sangue para todo lado. Capacetes perfurados, pedaços de uniformes. Botas jogadas ao chão. Armamento enterrado na lama sem munição. Só que ele não acha ninguém. Então ao olhar lá em baixo no precipício, ele avista águas do mar, e mais pedaços de corpos sendo trazido pelas ondas. E decide se arriscar e descer.
Ele firma uma estaca na rocha, e desce ainda mais fundo. Chega lá em baixo, o fedor de carne queimada, com carne podre é enorme e insuportável. Abutres sobrevoam os céus daquele lugar. Ele quase pensa em desistir. Mas, algo diz para continuar seguindo o cheiro e o rastro de sangue. Até que ele chega na entrada de uma gruta ou caverna e há inúmeras pessoas do seu pilotão que carecem de socorro. Não dá tempo de comunicar a equipe médica. Não há equipe de resgate por perto.
Então, ele animado por haver achado seus companheiros, corre na direção deles, mas, eles gemem, ofendem ele, recuam, sentem medo! A Batalha havia sido tão sangrenta que alguns mal conseguem enxergar. Alguns olhos foram literalmente perfurados. Enxergam como vulto ao espelho, uma sombra fulgaz. Não conseguem discernir amigo de inimigo. Um deles pega arma tentando se defender e dispara na direção daquele militar. Um tiro e um silêncio!
Mas, por sorte não acerta ele. Ele grita eu não vim matar vocês. Vocês precisam ter calma! E pega um deles no colo, e então, aquela mulher geme e grita muito. E todos falam, está vendo, ele veio nos matar! E disparam mais uma vez. Então, ele diz olhe meu brasão. E no brasão dele há uma cruz de ouro. Ele diz toque meu brasão e lembrem do que ele significa! E ele diz, eu não sou o inimigo, não sirvo ao inimigo, e não possuo interesse em matar ninguém. Na verdade, eu retornei para esta batalha em uma missão de resgate pois, eu tinha esperança que vocês ainda podiam serem salvos. E todos começam a chorar. E ele também!
E então ele se comunica pelo rádio a situação crítica daquele resgate e pede apoio dos ares, até que outras equipes médicas chegam e socorrem aqueles em estado crítico antes de serem transportados para os helicópteros. Todos se salvam. Mas, aquele heroi, morre, aquele segundo disparo havia acertado um órgão importante de seu corpo. O sangue quente não havia lhe feito perceber. E antes dele deitar-se com a cabeça na rocha, cai uma última lágrima e ele diz valeu á pena eu haver voltado! Ao menos vocês foram salvos e podem continuar o que eu comecei. E dando um último suspiro, olha os céus, e seus olhos se fecham pra sempre.
Às vezes na nossa vida é assim. Deus envia alguém para tratar nossas feridas, cuidar das nossas enfermidades. Mas, estamos tão retalhados, tão dilacerados, que ao não suportar a dor, achamos que nosso irmão é o nosso próprio inimigo, pois, está nos incomodando. Quando trata-se na verdade daquele velho amigo que arriscou a própria vida, abandonou tudo para trás, para tentar nos resgatar da própria morte.
Eu não sei quando dispararam em você. Quantas baixas você sofreu na sua equipe. Com traumatizado você permanece com a sombra da guerra. Mas, no exército de Cristo, cravamos a cruz no peito, para lembrar que aqui nenhum amigo fica pra trás. A gente não dorme até que todos sejam encontrados. Doa a quem doer, aqui ninguém morre antes de ver a salvação!
Eu vim em uma missão de paz e resgate. Se você não precisa da minha ajuda, não me impeça de ajudar o nosso companheiro do lado, pois, ele pode não ter outra chance! O preço do sangue dele pode permanecer marcado no teu uniforme. E você olhar e lembrar que tinha uma escolha, e escolheu não fazer, e ainda tentou me impedir de realizar minha missão. Mesmo que no fim, eu mesmo é que acabe morto!
GEAD.
13 de Junho de 2020
Sábado - 10:07
Brasil 🇧🇷 - Rio de Janeiro.
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