quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O SINO 🔔 TOCA!



O Sino 🔔 toca
Toca no corpo
O gelo que bate
Que estala na alma
Com música fúnebre
Que traga consigo
O perfume das flores
O cheiro das Rosas
E a eterna lembrança
De seres amados
E mortais!

O Sino 🔔 toca!
Como alerta 🚨
Que a hora
Se aproxima.

Se faça o giro do vento
O circuito do som
O trajeto da lágrima
Antes que caia ao chão!
O triste lamento do poeta

Emudecidos estejamos
Diante dos saberes vívidos
Envelhecidos do tempo
Que aprimora a memória
Da verdade pura e plena!

Enaltecida seja a poesia
Filosofia da vida,
Baluarte da música
Ressoa, encanta e vibra
Ideologia e dilema!

Treme na alma dourada
De fibra, de garra, na força
Na marca, com o código
Descrito de cavernas antigas,
Com sangue da veia retratado
Em pedras a historia de nossos ancestrais.

Lá na epopéia do tempo
Ecoam mil momentos
Dos juramentos fingidos
Das profecias esquecidas
Dos votos rompidos
De pactos que não voltam jamais

Chegado o ápice das eras
Alerta o coral celeste
Que o sino está breve
A dar a segunda batida

Que se inicie um show de excelência,
Que clame a inocência,
Antes que o sino uma terceira vez se bata.
Aonde eu supliquei por vida!
Alguns disseram mata!

Que se erga no teatro da existência
O julgamento dos sonhos
Penetre a revelação da lembrança alada.
Este sentimento tão frio
Funesto, que desloca lástima
Como lasca,  neutralizando
Qualquer esboço de reação

Quando seremos julgados
Por nossos impulsos, transgressões e excessos?
Sei que podíamos sermos melhores
Mas, a humanidade não fez da verdade a base de seu ensinamento.
Pra todos guerreiros e guerreiras, aquietai-vos! Absolvição lhes aguarda. Compraram o convite a preço de sangue e dor.
Entrai vocês já sabem a senha...

Lá só é preciso unção
Só é preciso pureza
Só é preciso ter fé
Ter amor e graça.

Ser aprovado no concurso da vida
E trazer no próprio corpo
A marca do Filho amado!

Morreu?
Vive!!!
Morreu...
Vive!!!
Morreu...
Vive! Morre!
Vive!

Caneta dourada que assina
Decide o destino sagrado
Do profano pra baixo
Do santo pra cima

Ninguém escapa a sentença
Nem prova inocência
Se no livro não estiver registrado.

Até que toque o sino uma terceira e última vez pelo toque suave do ser puro e alado!

- Edson Alves
Versão: Peregrino
Tom: Perplexo
Conto: Registros Secretos dos anjos.
Blog: Palácio da Sabedoria

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