Podem interpretar quem sou, mas, jamais definir em propriedade meu efeito! Podem me maquiar, ou rotular, porém, não mudarão minha cara! Podem mudar minha roupa, Não o meu corpo. Podem mudar minha cultura. E até mesmos meus costumes. Mas, jamais meu jeito de pensar! Podem padronizar meu jeito de agir, mas, não minha essência, tão pouco meu coração.
Eu amo minha imagem, meu reflexo, eu me amo. Me acho demais, e não sobro. Me acho de menos, eu faço falta! Sou sensacional, pode acreditar, eu não me engano! Na fantasia, sou fantástico. No palco da existência, sou mesmo real! Pra quem apela, sou apego! Pra quem despreza, sou rejeição. Porém, para quem me perde, serei intensa saudade!
Alguns acreditam que eu falo muito, por este motivo se enganam, acham saberem muito sobre mim. Grande equívoco, devido não perceberem a razão de eu agir assim. Aqui registro uma breve explicação. De fato, eu falo muito. Porém, não é por eu não possuir nada a dizer. Falo com propriedade pois, possuo bastante conteúdo. Mesmo assim, falo em síntese, e muito que as pessoas ouvem, limita-se aos meus resumos e resenhas. Ou seja, da onde as pessoas supõem já saberem tudo, tem sempre mais para se descobrir.
Pois, sou inesgotável na arte de surpreender. Me considero antagônico, nada previsível. Quando a gente acredita já haver presenciado e ouvido tudo, é aí, que o show está prestes a começar. As cortinas se abrem. Os holofotes cruzam o palco. Eu entro e arraso, e a plateia vai a delírio mais uma vez. Eu sou o cerne, o centro, a raiz, melhor expressão. Sou mais que emoção, sou também razão. Não sou o dono da festa. Prazer eu sou o próprio espetáculo, meu nome Ego- Idolatra!
- Edson Alves
Versao: Paciente
Tom: Irônico
Conto: Manicômio Social.
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