terça-feira, 9 de abril de 2019

MARIA E O DESERTO


Há quem dirá que as palavras no texto é de alguém católico, com fé em Maria. 
Eu direi não!
Há aqueles que afirmarão se tratar de uma carta espírita, que enaltece Maria. 
Mas, não!
Existem muitos que defenderão ser uma mensagem evangélica, que se refere a Maria. 
Não!
O texto a seguir trata de uma mente genuínamente cristã, que se inspirou na Bíblia? 
Sim!
Na historia de uma mãe que presencia a angustia de acompanhar a humilhação de seu filho.
Sim!
Maria sofreu por carregar em seu ventre o verbo da vida, Jesus o Cristo, filho de Deus.    

Mulher visitada por anjos leais.
No ventre, protegeu um presente
Messias, o Rei dos Judeus ?

Judeus rejeitaram, bom menino de Maria
Julgaram ser filho de José, e não de Deus.

Olhar puro, sorriso meigo da virgem Maria.
Que de bom grado missão dos céus, recebeu.

Ser mãe e guerreira. Abrigar um filho também seu.
Para o deserto fugiu Maria, assim que descobriram
Que o Messias havia nascido entre o povo judeu.

- José não rejeite Maria!!!
A mensagem o anjo já deu.

Daquela voz doce e trêmula.
Com ternura, brotou poema
Que em oração rasgou céus
E do Deserto se fez ouvir

Divino amado, anjo alado
Teu toque fez meu ventre
Fôlego, sopro de vida senti
Chama que o ventre aquece
O interior fogo não queima
Me forja forte pra suportar
Me derramo, Tu me ergues.

Dai-me um presente a minhalma
Tece-me uma armadura dourada
Com odre recolha minhas lágrimas
Que do choro se faça ouvir o canto
Meu canto de pranto e ternura
Daqueles que recoam em tantos
Que vozes silenciam a loucura

Faze-me uma veste de lágrimas
Daquelas que mulheres almejam
Para que eu esconda meu medo
Onde tua luz, aurora faça surgir
Usarei meu vestido pelas manhãs
Na noite sua armadura não tirarei
Serei a mãe do que clama
E a morte não o entregarei
Até que cresça e me afirme:

"Mulher, o que tenho eu contigo?
Não percebes, é chegado a hora!?
A vontade de meu Pai irei fazer"
Meu fim está a porta! Acorda!

De espinhos será tua coroa!
De madeira será sua cama!
Cruz no deserto se ergue!
E a angústia de quem ama
Se revela, e mal se inflama

O menino que se tornou homem
É Rei que ordena ao vento devido lugar
O mar, a vida e a tempestade
Sofre por todas nossas falhas
Morre por toda humanidade

Pés descalços que flutuaram ondas
Enquanto andavam sobre as águas
Sentem pregos entrar,
Sente sangue jorrar,
Pecados, meus e seus ali.
Quanta dor a se derramar


Em baixo da árvore
Que um dia será cruz
Neste mesmo deserto
Minha oração seja Luz

Areias que transpaçam meu corpo
Minha carne que ao pó se traduz

No luto que semeio no chão
Por meu filho morto na cruz

Que fim fatal e sangrento
Lamento minha alma propuz

Ao filho de Deus !
Que milagre produz

Ao meu filho, Jesus
Só me resta dizer:

Te amo Cristo
Verbo e Luz

Já que lágrimas regam minha dor
Que meu pranto termine a oração
Enquanto díscipulos emocionados
Enxergam na cruz, bendito poema
Da mãe que perde seu filho no madeiro
Que fez do deserto da vida seu lar.
Fez da Grande missão de Deus seu lema.

Anunciação última de salvação,
Sagrada e poderosa estrategema.

Entre o deserto e Maria, tem Jesus.
Onde tem Jesus, não há problemas!

Deveria ser sexta feira de terror?
Em Jesus, pregado na cruz, foi +
Foi sexta da paixão e o perdão!
No olhar santo, foi salvação
Na angústia, no sangue, foi sofrer?
Não! Foi amor por mim e você!

Jesus morreu por todos nós!

- Edson Junior
Versão: Discipulo
Tom: Lágrimas
Conto: Sexta Santa!

2 comentários:

  1. Encaminhe este texto para todos amigos e parentes na Sexta Feira da Paixão, como expressão de seu amor como mãe, filho, pai e cristão!

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  2. Compartilhe em watzaps, páginas no facebook, instagram, youtube e muitos outros locais que achem necessário.

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