Hoje estava eu em mais um dia de trabalho, com aquela simplicidade impar, tentando oferecer para vida, aquilo que a vida não sabia me dar. Pela manhã, por volta das 9h chegamos em um bairro bastante humilde do municipio do Rio de Janeiro. Como sempre faço, fui solícito, afável, gentil, cortez, carinhoso, amigo, acima de tudo amigo de cada ser humano que abordei para falar da ação social do dia 17 de março as 8h-manhã na Escola Municipal Roberto Civita. O que eu tentava? Dar esperança às pessoas.
Consegui? Sim, não, talvez, todos sorriram, acho que cumpri meu papel, considero isto muito importante e fiz tudo com demasiada ternura, procurando aquele dia perfeito, pelo menos para aqueles que cruzassem meu caminho. Até que algo especial e inusitado aconteceu. Um sinal do céu. Obrigado. Um presente inesperado. Vou cuidar! A saber, quando estava entrando em um bloco, mais um de vários que divulguei a ação. Advinha?
Um cachorro prateado, todo arrepiado, olhos firmes e orelhas em pé vindo na minha direção... Aí, pensei eu, ele vai me morder, quando estava bem perto, cheirou e deitou nos meus pés. Um casal de amigos começaram a rir e sem entender, disse ao dono, não consigo me mexer. rsrsrs. Ela gostou de você, ela está te olhando e balançando a calda, sim, ela gostou mesmo de você, disse o rapaz.
Me perguntei, ela? é fêmea? Perguntei qual nome dela? Ele respondeu, ela não possui nome. Eu sorrir, meio sem entender e disse, ela realmente é sua? Ele disse, ela perdeu seu dono. Como assim? Interroguei, estava curioso para entender o desfecho. Ela seguiu eu e meu irmão faz uns dias durante vários kilometros e parou aqui neste bloco e nunca mais saiu. Até te ver hoje. Sério?
Você deseja ficar com ela para você? Ele disse, não, não possuo condições. Então, em uma tentativa de virar o jogo, ele me questionou, você se apegou tanto a ela, quanto ela a você, lhe interessa levá-la? Eu respondi, meio acanhado, não possuo dinheiro pra comprar ela de você. -Ele, quem disse em comprar? Achei essa cachorra muito rara, ela é linda, não sei se devo aceitar-la sem pagar um preço devido. Ele respondeu, bobagem, aceite como um presente!
Você parece alguém bom, ela percebeu isto em você, ela lhe escolheu como dono. Leve é sua! Olhei nos olhos daquela cachorra linda, e lembrei de quantas vezes dei não para Giovanna a respeito de criar animal doméstico em apartamento. Mas, Giovanna vinha me pedindo tanto um irmão, que achei que um cachorro seria uma boa companhia. Não sei se fiz besteira, mas, ela ficou tão feliz com este presente inesperado! Que resolvi, irei ficar com ela.
Me perguntaram, qual nome dela? Eu disse, menina sem nome. Cruzes! Eu disse, estou pensando em um nome legal, mas, enfim, só conseguia pensar em Lol, Lua, Prateada, nina. Minha filha disse, helena, será Helena, chamou helena, então ela atendeu. Eu até que gostei, nome de gente, mas, a cachorra além de rara beleza, me olhava como gente. Como se me conhecesse. O padrinho da minha filha amou, minha filha amou, até a mãe dela que é meio séria, gostou e aceitou a ideia.
Então, aqui estamos, Helena, lembrei de uma personagem de um filme chamado Homem do futuro que gostei muito! Percebi, que era o nome ideal. Não podia ser mais criativo! Agora ela está aqui deitada na minha sala e eu sem entender das coisas da vida. Sai hoje querendo presentear pessoas e acabei levando esperança para meu lar. Ela tem nome, meu presente para Giovanna é Helena! A chau chau mais rara que já vi, né cinzenta!? Amanhã, banho e tosa! Vejamos quantos dias aguento, rsrsrs.
Ao invés de adeus ou tchaau tchau, hoje será, Helena a guerreira Chau Chau de um Reino muito, muito distante. Já sei, minhas piadas são as piores, risos. Bem piegas, clichês demais, mas, um pouco de senso de humor não faz mal à ninguém, é juninho, bom senso as vezes cai bem. Só que não. ;)
Ninho, versão grato.
Tom, surpreso.
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