segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

CADARÇOS


Viagem ou partida?
Só o tempo dirá!

A surpresa da chegada
É maior que a saudade da ida?

Após eu atrevessar o oceano
Talvez, eu nunca mais volte.

Passo á passo, dia á dia.
Eu programei a jornada
E planejei o porvir.
Jamais fui advinho.
Mas, previ tantas situações
Pois, valia a pena tentar
Chegar o mais longe
Que meus pés cansados
Pudessem alcançar.

A beleza de toda realização
Salta as nossas vistas, atrai...
Captura o olhar da percepção
Mais pura, inocente visão.

É encantador!

Enquanto há dor
Nem da pra notar
Quanta coisa fica
Pra gente poder...
Seguir, pelo menos
Tentar, nos permitir.

Algo bom e novo começa a surgir
Surpresa do acaso nos submerge
Em meio a natureza desfrutamos 
De um envolvimento intenso
Uma participação ativa, sedutora.

Destino, um enigmático e misterioso
Compondo nosso chão como jardins
Mas, jamais, privando-nos dos espinhos
Por isto, devemos escolher onde pisar.

Possibilidades infinitas, incontaveis intinerários
Nem todos precisam saber o que passa aqui dentro
Mas, irei falar pra você. Historias, que construir
Milhares delas, frutos da força de um pensamento.

Para quem não sabe para onde seguir qualquer caminho serve. Porém, para quem sabe, apenas um destino importa. Rumo a mudança, em busca da experimentação do novo, do inédito, do esperançoso.
Partir é um imperativo para o prazer físico da descoberta. Para aventura dos sentidos. Onde cultura e natureza se revelam como inéditas experiências, e se tornam, verdadeiros tesouros dispostos serem conquistados. 

Por vezes, nossas passadas se tornam mais largas. As vezes, o trem da vida, parece sair dos trilhos. Não sinta medo, da badalada. É apenas o ponteiro do tempo. Lembrando, que ouvir uma canção, é melhor para acalmar. Receba seu amor, e nem pense em se entregar. Pois, as horas, sabem, que nossos pés cansados, precisam evitar as pedras, os tropeços, as armadilhas, os deslizes e as quedas.

Nos livrando de todos os laços que possa ferir-nos, seguimos nossa cina. Uma lida, sem interpretações. Mas, o tom da espera, na certeza do sucesso, só se revela a alma que busca, e ao coração de quem merece. Não trata-se de auto suficiencia. Nada tem haver com a força de nossa capacidade. Mas, no nosso apelo mais intimo pela aprovação e chancela Divina sobre nossos sonhos.

É como um mergulho em águas mais calmas. Refrigera o corpo. É como Lua exposta nas noites mais densas. Ilumina e guia. Nossa alma prevalece remando contra maré. Quando não conseguimos andar sobre as águas. Se o mar revolto, nos submerge. Tuas mãos nos socorre em nosso apego a vida, e nos tras a tona pra respirar. Para novamente ousarmos andarmos sobre as águas.

Sempre que não podemos por nós mesmos. Subimos a bordo, em tua embarcação, ficamos admirados por seu descanso. Nossa viagem começa. Em uma fluência plausivel pelo leito inexplorado. Desencontros da vida, sempre reservam a possibilidade de encontros e reencontros, espetaculares. Onde a lembrança é certeira. E a memória inspira saudades. Há tanta coisa na bagagem chamada tempo.

Eu me emociono, abrindo os albuns, revendo as fotografias. Penso, que o melhor do futuro, se constrói com base nos valores do passado. E choro ao lembrar, da vez que tentei lhe agradar apenas amarrando os cadarços de seu tênis. Foi ali, que percebi o dilema da vida. As vezes pessoas nos amarram. Outra vezes, desamarram. E quem irá se atrever a refazer os nós? A reatar os laços? 

Apenas a mão daquele que ama
E que jamais usou aliança
Para aguardar você.

Ninho, versão peregrino
Tom, emocionado
Conto: Viagem ou Despedida?

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