Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair livre, então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre Exodo 21:5,6
Havia no antigo testamento várias leis que visavam organizar a relação entre escravos e senhores. Embora essa realidade seja estranha para o ocidente pós-moderno, era uma realidade entre os judeus e Deus criou leis para limitar os abusos e garantir a misericórdia tivesse espaço no meio do seu povo.
Entretanto havia uma lei que está descrita no versículo acima, que permitia que um escravo servisse seu Senhor por amor e para sempre.
Quando o escravo ganhava a liberdade(várias ocasiões levavam a isso) podia num ato voluntário escolher manter sua servidão por seu senhor.
Um ritual marcava o início dessa escolha, o escravo ia até a porta da cidade e tinha sua orelha voluntariamente furada pelo seu Senhor. A voluntariedade da sua escolha era um testemunho que sua relação não era mais de puro interesse ou necessidade, o servo agora amava seu senhor e entregava sua vida a ele.
Nós discípulos do Senhor Jesus, também decidimos furar nossas orelhas na porta da cidade.
Nossa servidão não é movida pelo medo, ou por um sentimento de escassez, por medo de perder.
Decidimos servir ao Senhor pois percebemos que não há mais nenhum lugar que valha a pena estar.
Como encontraremos outro Senhor, que nos fez seus amigos?
Ou ainda, como encontraremos um Senhor que repartirá sua glória e toda sua eterna herança com seus escravos elevados a condição de filhos?
Embora nossa carne veja nossos infindáveis desejos(me refiro aos maus), sabemos que disto provém a escravidão.
A verdadeira liberdade procede daqueles que pelo amor a Deus foram transformados e se tornaram capazes de amar.
Somos escravos, pois nessa escravidão encontramos a verdadeira liberdade, não queremos outro jugo, nem outro fardo, não há nada mais leve que isto.
Neste natal, venha comigo, vamos furar a orelha?
Na servidão e na liberdade do Amor, seu irmão.
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