sábado, 3 de abril de 2021

UM ALELUIA NA TERRA DO SILÊNCIO




Aleluia: O amanhã está chegando. 


Silêncio sepulcral na terra dos louvores eternos. Um fio de prosa não se preza pois o verbo encarnado foi silenciado no total desamparo da Cruz.


Ele foi negado na despedida, traído na última festa, e violentado como escárnio de espetáculo tenebroso de horror. 


Os alunos sentem a ausência do seu professor

Discípulos, acordoam de um pesadelo, e tentam acreditar que a realidade pode ser diferente, mas, não é.


Há uma mescla que faz a emoção virar montanha russa, indo da angústia do luto como preço do amor, a esperança de ao terceiro dia Ele finalmente ressuscitar.


Mas, a hora demora a passar. A Cruz está vazia. O chão respingado pela dor da via dolorosa ao calvário. O véu do templo está rasgado. Muitas covas se abriram.


Pessoas como Pedro começam a terem visões que se confundem com um passado brevemente ocorrido, em uma culpa tardia carente de perdão, e imagens daquilo que pode ocorrer.


Todos esperam que Jesus volte do mundo dos mortos. Tic toc! Mas, o tempo está de mau com as horas, e demora passar. Como filme de corrida em uma câmara tão lenta, que parece ser slow mocha sendo rebobinado.


Cadê o Batista? Morreu

Cadê Judas? Morreu!

Cadê Jesus? Também morreu.


Sobe um assombro e sentimento de terror. O próximo será Pedro? Ele foge para o mar, rasga suas vestes e paira nu, isolado, perplexo, sendo açoitado pelas ondas do desassossego.


João e Maria choram um no colo do outro.


Tomé não acredita. Imagina haver sido um teatro impecável com desfecho incompreensivelmente interminável 


Tiago mal consegue dormir


Os discípulos estão atônitos. E pensando o que será de nós. O sol não surge, em um dia de cinzas. Onde o brilho da lua anseia ser breve, para domingo chegar e expressar a prova real deste amor infinito que cumpri a promessa de vencer a morte.


Por enquanto, tudo que se pode expressar, quando se pode e consegue expressar em fé que escapa à um Rio de lágrimas, é *Aleluia* 


Enquanto isto, em outra dimensão, passos são dados em um solo fétido, e nas região das sombras, as trevas são dissipadas por um clarão anil avermelhar. Gotas de sangue irrigam um chão marcado pela dor. E os espíritos em prisões houver a primeira pregação no inferno entitulado *EU SOU*


Sou aquele que Era!

Sou Aquele que É!

Sou Aquele prometido que haveria de vir.


Os profetas me anunciaram, mas, os raios de uma tempestade passageira impediram de vocês se chegarem á mim!


Ele caminha em direção a morte. Ela se perturba paralisada querendo fugir, mas, escandalosamente não consegue! 


Jesus toma a chave das mãos da morte, e mostra que até sobre o inferno Ele é Rei! E Senhor dos Senhores! E diz ao Diabo pago está a dívida: Eu venci! Liberte meu povo! 


“- Pois, todos pecaram, e destituídos foram da Glória de Deus. Mas, Ele restaurou a velha aliança, não pelo processo de condenação da lei. Mas, pelo argumento fundamentado no amor e na graça. E restaurou nossa consciência original do extremo bem.”.


Derrotado está o inimigo! Gritos e sussurros! Primeiro culto no inferno! É Jesus veio pregar sobre Ele mesmo!


O gemido de horror e de alegria se misturam no ar. Pois, Jesus é Deus! Ele morreu! Deus venceu a morte. 


No mundo físico o Mestre, apenas dorme... Mas, nas dimensão espiritual Ele está acordado como nunca!


Hoje ainda é o segundo dia, Sábado. O amanhã está chegando. Jesus irá voltar para nos buscar! 


Autor: *Edson Alves*

Série: *Poemas de Cruz*

Inspiração Bíblica: *Carta de Pedro*

Tema: *Sábado de Aleluia*

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