terça-feira, 13 de abril de 2021

JÓ - AQUELE QUEM DEUS QUER PROVAR





 


Querido Jó

Observa só

Teu principio terá sido pequeno

Mas, Eu te farei crescer em extremo


Amigo Jó

Não está só

Pode falar comigo

Pois são teus os meus ouvidos


Me conhecia de ouvir falar

Mas, meus olhos te veem

Me conhecia de ouvi falar 

E agora seus olhos me veem?

E agora? Seus olhos me veem? 


Aquele quem Deus quer provar surgiu como simples ser humano.


Pouco á pouco ganhando seus bens, foi grão á grão se  transformando.


Deus fez do patriarca e fazendeiro, o maior empresário do Oriente, nunca antes visto no mundo inteiro.


Era para ser só mais um homem

Todavia sua postura impecável era surpreendente 


Homem sábio

Vernáculo rebuscado

Palavra hábil

Linguagem culta 


Dominava tema variados

Entendia de mineração, astronomia e literaturas.


Embora excelência e grandeza 

Diante de Deus, fiel realeza

Jó era só um homem 

Recebendo riquezas 

Vencendo pobrezas 


Ele bem que conhecia Deus 

Só que apenas de ouvir falar 


Frota de camelos 

Fazendas exuberantes 

Carroças e cavalos 

Animais em toda parte

Plantas de toda espécie 

Grande gado a disposição 


Homem próspero no campo

Humano leal em sua prece 

Oferecia sacrifícios por seus filhos 

Orava a Deus pela proteção deles...

Para os guardar onde quer que estivessem.

E se pecado por acaso, cometessem.


Quando um príncipe sem luz compareceu diante do altar celeste


Nem abriu a sua boca 

E o verbo começou a se expressar 


Lhe perguntou de onde vens?


Ele respondeu a Deus sobre seu próprio andar


E então, testemunho de quem observa nossos detalhes 

Foi supresa alada na grande reunião nos ares


Dizia assim o Grande Criador:


“Viu meu servo Jó?

Servo íntegro, humilde, reto, leal, justo e que se desvia do mal opressor !”.


Elogio de Deus a um mero humano 

Suou aos ouvidos do adversário que consumido por inveja se inflamou


Ele respondeu:


“Também, tudo que o homem pede, Deus o dá! 


Permita-me tirar tudo dele, para ver se ele não começa a murmurar! “.


E Deus assim o permitiu por uma e mais vezes, porém, afirmou: 

Autorizado está, desde que em sua vida, não possa tocar! 


O homem justo, que era feliz, foi alvejado mesmo que sem entender 


Primeiro, 

Em um banquete 

Na casa do primogênito 

Enquanto bois lavravam a terra

E nos campos 

Pastavam as jumentas

Terrível ataque dos Sabeus

De supresa assassinaram ao fio da espada, quase todos os seus


Mas, um servo Deus livrou!


E enquanto este a Jó falava


Outro servo veio em sua direção 


Relatou sobre chuvas de pedras de fogo despencando dos céus.


Onde ovelhas e filhos eram brutalmente consumidos. 


Mas, um servo Deus livrou


Então, enquanto este ainda falava, mais um apareceu.


3 bandos de bandidos caldeus, mataram seus filhos e levaram todos os camelos seus.


E um servo Deus guardou 


E quando ainda restava uma réstia de perseverança, sobreveio o último golpe na profunda esperança 


Enquanto estávamos na casa de seu irmão mais novo, 


sobreveio sobre nós uma coluna enorme de vento impetuoso. 


Que dobrou o deserto como folha de papel 

Até que derrubou a casa sobre todos os filhos teus.


Mas, a um servo Deus poupou


E aqui vem o primeiro segredo, aprenda a ser servo, se não quiser morrer primeiro. Pois Deus sempre livra os pequenos. E em seu Reino, os menores são os primeiros.


Rasgou as vestes

Cortou os cabelos

Mergulhado na pó

Adorar foi primeiro!


Sempre sobrava um por um triz, para lhe contar sobre tudo que viria a perder


Perdeu bens, perdeu filhos, só não perdeu a esposa, pois, a própria vida não poderia perder.


Ela e ele uma só carne

Este mistério de amor

Um dia revelo a você! 


Que tomada por espanto e ainda atônita, lhe declarou com amor de mulher:


“-Jó, amaldiçoa este teu Deus e morra em uma estrada qualquer!”.


Mas, ele repreendeu-a com amor de homem que governa seu lar e família nos princípios de Deus.


“- Fala como louca mulher?

Aceitamos todo bem que Deus deu. 

E o mal, não queremos aceitar?

Tudo que tínhamos era de Deus, Ele deu, Ele mesmo tirou. 

Se nu eu nasci do ventre de minha mãe, nu mesmo eu voltarei para lá! E se está é a vontade de Deus, que Bendito seja o Nome do Senhor!”.


Então, ladeira abaixo despencava o bom moço 


E antes mesmo que respirasse, sua alma era tomada por desgosto 


Úlceras apareciam em sua pele

E furúnculos em seu pescoço

Chagas terríveis de vil armadura aterrorizava a aparência do moço.

Que parecia haver envelhecido uns cem anos e mais um pouco.

Se coçava com cacos de vidro e lascas de pedras, dava dó de encarar seu rosto.


E quando achou que teria para chorar bons ombros amigos

O que mais fizeram foi acusar e questionar aquele pobre moço.


Ele ouvia daqui

Jó respondia de lá 

Era acusado ali

Era questionado lá 


Mas, não tinha feito nada

Que o pudessem acusar 


Deus resolveu o problema 

E se expressou a Jó


Ele respondeu seus dilemas 

Mas, contra Deus 

Quem é que pode

Se justificar


Jó orou

Jó chorou

Se humilhou

Banhou-se nas cinzas 

Pra se lamentar 


Jó clamou

Pedindo por seus amigos

E quando terminou de orar

Abriu seus olhos, e Deus estava lá !


- Eu te conhecia de ouvir falar 

Mas, agora, meus olhos te veem


- Meu servo Jó, eu te devolvo

Tudo que sua alma anseie.


Os filhos lhes nasceram

Mais belos não haviam


Deus os enriqueceu 

Tanto quanto antes tinham


E no lugar de sua vergonha

Com mesa farta em dupla honra


Um banquete os deu, para agradecer ao seu Deus! 


Jó podia até se achar grande

Porém, seu princípio, era mesmo pequeno.

Mas,  o que dizer do seu último estado? Se não, que Jó cresceu ao extremo.


É assim, a vida de quem serve ao Poderoso Deus Eterno!


- Edson Alves 

Série: Diário dos profetas.

Inspiração Bíblica: Jó.

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