Querido Jó
Observa só
Teu principio terá sido pequeno
Mas, Eu te farei crescer em extremo
Amigo Jó
Não está só
Pode falar comigo
Pois são teus os meus ouvidos
Me conhecia de ouvir falar
Mas, meus olhos te veem
Me conhecia de ouvi falar
E agora seus olhos me veem?
E agora? Seus olhos me veem?
Aquele quem Deus quer provar surgiu como simples ser humano.
Pouco á pouco ganhando seus bens, foi grão á grão se transformando.
Deus fez do patriarca e fazendeiro, o maior empresário do Oriente, nunca antes visto no mundo inteiro.
Era para ser só mais um homem
Todavia sua postura impecável era surpreendente
Homem sábio
Vernáculo rebuscado
Palavra hábil
Linguagem culta
Dominava tema variados
Entendia de mineração, astronomia e literaturas.
Embora excelência e grandeza
Diante de Deus, fiel realeza
Jó era só um homem
Recebendo riquezas
Vencendo pobrezas
Ele bem que conhecia Deus
Só que apenas de ouvir falar
Frota de camelos
Fazendas exuberantes
Carroças e cavalos
Animais em toda parte
Plantas de toda espécie
Grande gado a disposição
Homem próspero no campo
Humano leal em sua prece
Oferecia sacrifícios por seus filhos
Orava a Deus pela proteção deles...
Para os guardar onde quer que estivessem.
E se pecado por acaso, cometessem.
Quando um príncipe sem luz compareceu diante do altar celeste
Nem abriu a sua boca
E o verbo começou a se expressar
Lhe perguntou de onde vens?
Ele respondeu a Deus sobre seu próprio andar
E então, testemunho de quem observa nossos detalhes
Foi supresa alada na grande reunião nos ares
Dizia assim o Grande Criador:
“Viu meu servo Jó?
Servo íntegro, humilde, reto, leal, justo e que se desvia do mal opressor !”.
Elogio de Deus a um mero humano
Suou aos ouvidos do adversário que consumido por inveja se inflamou
Ele respondeu:
“Também, tudo que o homem pede, Deus o dá!
Permita-me tirar tudo dele, para ver se ele não começa a murmurar! “.
E Deus assim o permitiu por uma e mais vezes, porém, afirmou:
Autorizado está, desde que em sua vida, não possa tocar!
O homem justo, que era feliz, foi alvejado mesmo que sem entender
Primeiro,
Em um banquete
Na casa do primogênito
Enquanto bois lavravam a terra
E nos campos
Pastavam as jumentas
Terrível ataque dos Sabeus
De supresa assassinaram ao fio da espada, quase todos os seus
Mas, um servo Deus livrou!
E enquanto este a Jó falava
Outro servo veio em sua direção
Relatou sobre chuvas de pedras de fogo despencando dos céus.
Onde ovelhas e filhos eram brutalmente consumidos.
Mas, um servo Deus livrou
Então, enquanto este ainda falava, mais um apareceu.
3 bandos de bandidos caldeus, mataram seus filhos e levaram todos os camelos seus.
E um servo Deus guardou
E quando ainda restava uma réstia de perseverança, sobreveio o último golpe na profunda esperança
Enquanto estávamos na casa de seu irmão mais novo,
sobreveio sobre nós uma coluna enorme de vento impetuoso.
Que dobrou o deserto como folha de papel
Até que derrubou a casa sobre todos os filhos teus.
Mas, a um servo Deus poupou
E aqui vem o primeiro segredo, aprenda a ser servo, se não quiser morrer primeiro. Pois Deus sempre livra os pequenos. E em seu Reino, os menores são os primeiros.
Rasgou as vestes
Cortou os cabelos
Mergulhado na pó
Adorar foi primeiro!
Sempre sobrava um por um triz, para lhe contar sobre tudo que viria a perder
Perdeu bens, perdeu filhos, só não perdeu a esposa, pois, a própria vida não poderia perder.
Ela e ele uma só carne
Este mistério de amor
Um dia revelo a você!
Que tomada por espanto e ainda atônita, lhe declarou com amor de mulher:
“-Jó, amaldiçoa este teu Deus e morra em uma estrada qualquer!”.
Mas, ele repreendeu-a com amor de homem que governa seu lar e família nos princípios de Deus.
“- Fala como louca mulher?
Aceitamos todo bem que Deus deu.
E o mal, não queremos aceitar?
Tudo que tínhamos era de Deus, Ele deu, Ele mesmo tirou.
Se nu eu nasci do ventre de minha mãe, nu mesmo eu voltarei para lá! E se está é a vontade de Deus, que Bendito seja o Nome do Senhor!”.
Então, ladeira abaixo despencava o bom moço
E antes mesmo que respirasse, sua alma era tomada por desgosto
Úlceras apareciam em sua pele
E furúnculos em seu pescoço
Chagas terríveis de vil armadura aterrorizava a aparência do moço.
Que parecia haver envelhecido uns cem anos e mais um pouco.
Se coçava com cacos de vidro e lascas de pedras, dava dó de encarar seu rosto.
E quando achou que teria para chorar bons ombros amigos
O que mais fizeram foi acusar e questionar aquele pobre moço.
Ele ouvia daqui
Jó respondia de lá
Era acusado ali
Era questionado lá
Mas, não tinha feito nada
Que o pudessem acusar
Deus resolveu o problema
E se expressou a Jó
Ele respondeu seus dilemas
Mas, contra Deus
Quem é que pode
Se justificar
Jó orou
Jó chorou
Se humilhou
Banhou-se nas cinzas
Pra se lamentar
Jó clamou
Pedindo por seus amigos
E quando terminou de orar
Abriu seus olhos, e Deus estava lá !
- Eu te conhecia de ouvir falar
Mas, agora, meus olhos te veem
- Meu servo Jó, eu te devolvo
Tudo que sua alma anseie.
Os filhos lhes nasceram
Mais belos não haviam
Deus os enriqueceu
Tanto quanto antes tinham
E no lugar de sua vergonha
Com mesa farta em dupla honra
Um banquete os deu, para agradecer ao seu Deus!
Jó podia até se achar grande
Porém, seu princípio, era mesmo pequeno.
Mas, o que dizer do seu último estado? Se não, que Jó cresceu ao extremo.
É assim, a vida de quem serve ao Poderoso Deus Eterno!
- Edson Alves
Série: Diário dos profetas.
Inspiração Bíblica: Jó.
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