Carlos Minc, toda vez que vou ao supermercado e tenho que pagar por sacolas lembro do autor dessa lei esquizofrênica. Coincidentemente você.
Demagogia purinha. Pseudo defesa do meio-ambiente que, hoje em dia, só lesa ainda mais o consumidor. Visto que a fiscalização para se atingir os objetivos que você pretende é uma utopia. Para não dizer até lunático.
Por força da sua lei, o supermercado é proibido de fornecer sacolas plásticas e cobra pelas que fornece. Na prática, gente pobre tem que gastar mais em suas compras para pagar por sacolas. Porque a sua lei não fez inexistir a demanda por elas, uma vez que serviam não só para carregar compras, mas sempre foram reutilizadas como sacos de lixo em todas as casas.
Agora, além de pagar pela embalagem, outro gasto é demandado, com aqueles sacos de lixo pretos, grossos, que sem dúvida são de material muito mais nocivo ao meio-ambiente.
Se o problema era o material, a quantidade de sacolas ou qualquer outra coisa relacionada à proteção ao meio-ambiente, qual o seu problema em não ter colocado expressamente no texto da lei que esse ônus não deveria ser repassado ao consumidor?
Aliás, o que tá escrito lá e no cotidiano dos supermercados é exatamente o contrário. O consumidor pagando essa conta que antes era do fornecedor. Sem que isso tenha reduzido preços.
Esse papo de estimular sacolas retornáveis é extremamente irritante. As pessoas não vão viver, não vão para o trabalho com sacolas retornáveis no bolso. O senhor faz questão de deixar claro que vive numa bolha. Pensamento típico de quem faz compra de lichia e caqui orgânico no Zona Sul e pode colocá-las em caixas de papelão ou sacolas retornáveis com estampa do Romero Britto, que serão transportadas no porta-malas de um táxi até seu condomínio.
O meio-ambiente agradece sua luta. O povo vai pagar por sacolas de materiais biodegradáveis para carregar os alimentos, que continuam a vir em embalagens de plásticos grosseiros, e vai consumir tudo isso em muitos potes e louças de plástico. Genial. Fantástico.
- Rennan Furtado
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