CICLONE IDAI - DESTRUIÇÃO SEM IDEIAS NO SUL DA ÁFRICA

Águas de março fecham um verão aterrorizante para 2.6 milhões de pessoas. Um muro invisivel de águas e rajadas de ventos fizeram guia de inundação no Sul da Africa. Onde 200.000 cidadãos permanecem desaparecidos. Solidão na madrugada que a Lua não brilhou por si. Nas manhãs seguintes, o sol demorou a surgir. De grão em grão, de gota a gota, a terra foi tomada por um oceano que despencava do céu. Ninguém tinha ideia, mas, o Ciclone idai, sabia o que veio fazer, se ergueu com enorme fúria no mar disposto a causar uma devastação de proporção inimaginavel, cruel destruição.

Os dados são brutais. Inúmeras famílias desabrigadas. Povos esquecidos onde a miséria se alojou. Pessoas acamadas, clamam por cura. Imploram por amor. São tantas crianças sem ter uma cama pra dormir. A dor dilacera faz a força se esvair. Algumas já nascem doentes, encaminhadas a morrer. Para verdades que não desejamos ver. Que parecem não chegar ao fim e acabar.

Em um dia, o quilo do tomate custava 30 reais, no outro dia, 150 reais o quilo. E agora? Agora nem tomates temos! A cruz vermelha chegou a salvar 2.000 pessoas em um único dia. Mas, ainda há centenas de milhares que correm risco por surtos de doenças como malária, cólera. Surgimento de lepras, começam se espalhar pela pele das pessoas. Não há água potável. Começa as diarreias.

Faltam médicos, falta remédios, falta comida. Não há cobertores, nem lençóis, pessoas são encontradas em cima de árvores. Um ciclone de nivel 4 é forte demais para resistir. Não existem transportes aéreos suficientes. É uma corrida contra o tempo. Eles precisam de mais helicópteros de resgate, de aviões para retirar aquelas pessoas dali. De ajuda humanitária.

O mal cheiro começar a subir. Animais mortos servindo de cama para crianças mutiladas. As vias principais não existem mais. E não há lugar nem para enterrar tantos mortos. Cidades inteiras sem luz. Quase tudo submerso. Cenas apocalípticas de filmes, vívidas e experimentadas no mundo real. Os países que possuem grande quantidade de recursos militares precisam se colocar a disposição e países ricos agirem logo.

Não irá levar muito tempo para que os abutres, urubus, comecem se acumular, buscando carniças dos restos de corpos, enquanto mais mortais sucumbem a dor da miséria e literalmente, morram de fome. Roupas, materiais de higiene e limpeza, grandes quantidades de comida, agua potavel, tudo é extremamente necessario. Até mesmos nossas orações. 

Desta forma rogamos seja tu a luz deste lugar. Abra nossos olhos se não pudermos enxergar. Pra que através de nós eles venham ter auxilio. E um dia a dor e a miséria possa terminar. Por isso, oro que desça sobre o continente africano. Permaneça operando com teu poder. Não mais importa o que aconteça se houver a certeza que iras resolver. Gera teu milagre a cada novo amanhecer.

Então por Moçambique por Zimbabue e por Malaui, por mais de 200.000 afro descendentes desaparecidos. Outras centenas de milhares desabrigadas. Nos ensina a repartir o nosso pão, a dividir nosso sustento, a mobilizarmos pessoas e a direcionar nossos recursos. Já são mais de 750 pessoas mortas. Para que eles sobrevivam. Pra que famílias possam dormir. Para que crianças e jovens não permaneçam sentenciados á morrer de fome, nem por doenças, nem de frio, nem de solidão.

Enquanto ventos aumentavam cada vez mais. Ouvia-se gritos, gemidos e a noite parecia longa demais. Casas caiam, enquanto milhares de arvores se curvavam, entre tantas outras que eram arrastadas. Muitas crianças sem mães se apegavam a adultos desconhecidos por espanto, temor, medo que aquele mal não fosse chegar ao fim. Há relatos de pessoas que não dormiam fazia 4 dias. E após 7 dias, o frio castiga tanto, que na ausencia de roupas, a pele de outro virou única fonte de calor.

Que Deus conforte orfãos e viúvas que sofrem saudades dos seus. Que presenciaram seus amores e sonhos serem carregados pelas correntezas. Desmoronamentos, inundações, perdas de bens. Igrejas, casas, hospitais e escolas totalmente destruidas. Empresas e empregos extintos de uma hora para outra. Nossa nação precisa clamar. E com ela o planeta, para que a fé não esmoreça nem a esperança deixe de existir.

Então, o verão se encerra, e o outono chega. E o Espirito Santo, e o litoral da Bahia sofrem seus reflexos, mas, devemos nos manter alertas, pois, pode piorar. As correntes de ar quente fazem giros velozes em alto mar e não há como prever sua direção, e tudo que podemos fazer é nos prepararmos e orar para que o pior não ocorra também aqui.

Neste momento, ventos que excedem 65 km por hora são registrados entre capixabas. Porém, as 15h da tarde de segunda feira,  chegou aos 110 km/h á uma distancia 185 km da Costa litoranea brasileira. Graças a Deus em alto Mar. Mesmo assim, a Marinha avisa que seus efeitos podem atingir a orla, com o registro de ondas de 3 a 5 metros. Já há cidades Bahianas inundadas devidos aos efeitos desta tempestade tropical Iba. Que por enquanto, se distanciou da Costa Bahiana, em direção ao alto mar em Vitória ES - Brasil . Segundo a propria Marinha.

Ufa! Essa passou perto. Suas orações podem proteger sua Nação, jamais esqueça disto. Então, acabou? Não, litoral norte do Rio de Janeiro também sofre perigo. Apenas, permaneçam orando, para que o pior seja evitado. E Deus nos livre da fúria que se ergueu nos oceanos.

Não seria sensacionalismo afirmar que a cidade de Beira, Moçambique, chegou a beira da extinção. Que o Rio de Janeiro, em março, não seja rio da desolação. Afaste o mal de nós Deus. E nos livre.

Novamente vos alerto, vamos nos amar?!
Não é mais um pedido, é uma ordem!
E se ainda estão vivos, atendam em gratidão.
Ame mais hoje, ame mais agora.

- Edson Alves.