"A minha alma está armada e apontada para cara do sossego!".
-Falcão, o Rappa!
Adão, Adão! Desperta, Adão, desperta. Levanta e resplandece, pois, a glória do Senhor nasce sobre ti. Não há cavernas, não há pedras, saia da tenda, erga a cabeça, olhe os céus, conte as estrelas e viva o milagre que Deus preparou para ti.
Quem é você? De onde vens? Conta-me sobre suas jornadas épicas além mundo? Fui para terra do descanso, acordei e não desejo voltar tão cedo! Lhe mostrarei a paz que almejo para tentar ser feliz, eu e você juntos pra sempre.
Um cazulo se rompeu, uma semente se abriu, um ovo está rachando... No Jardim secreto, borboletas, nas florestas da consciência, arvores e frutos, há vida surgindo, há vida. Na janela auspiciosa da alma jorram rios de felicidade. Livre enfim, livre e enfim posso viver na abundância do significado.
Cortai os laços, eles não unem, apenas aprisionam. Despedaçai as correntes que limitam o existir. Caiam todas as cadeias ao redor, a vida não pode ser miragem. Este não é o país das maravilhas? Sério, achei que a fama ia além do canto sobre o encanto desta cidade.
Se é tudo fajuto, de mentiras? Reflita sobre minhas verdades sobre o Domingo de paz com á vida. De paz com a luz. De paz com a Lua. Domingo de Páscoa! Esse dia deveria ter sido reflexão, introspecção, de mergulho. E foi... Eu mergulhei fundo dentro de mim, resgatei meu eu quase morto.
Páscoa significa passagem, travessia. Tem haver com o paradigma, sobre quem sou, e quem posso me tornar. Tem haver com superação. É como uma espécie de promessa escondida dentro de nós, que nos convida para sair, para avançar, fazer o melhor possível, para romper e transformar. Tem haver com ser livre!
A Páscoa é a felicidade em ser livre! Livre da escuridão, da opressão do medo, livre dos portais tenebrosos da morte! Nascemos para sermos eternos. Desejamos na Páscoa permanecermos imortais! Á Páscoa tem haver com aquela luz no fim do túnel, na fresta da porta, no buraco da fechadura, ela nos mostra o prazer de estarmos vivos.
Essa luz divinal, que adentra qualquer casulo da alma, nos convida a largar a vida de minhoca pisada por homens de má indole, honra duvidosa, e voarmos livres, em direção ao alvo da maturidade e realização. Não dá para sonharmos sempre sonhos alheios. Sermos reféns de outros é sentença cruel.
Qual sentindo de viver? Por qual razão estamos vivos? Qual nossa meta na vida? Qual propósito de nossa existência? Venceremos o desafio? Acertaremos em cheio o alvo? Se quer ser diferente, seja, sua oportunidade não irá correr atrás dos sonhos pra você. Há um desejo em teu coração, mas, sinto que lhe falta coragem para ousar, conquistar e realizar teus sonhos.
Nem mesmo o brilho do sol, mesmo que entre as nuvens... Nem mesmo o puro olhar que penetra a alma, que almeja trilhar caminhos guiados pelos sentimentos. Como sentido que adormece nosso ser e que cabe na palma de nossas mãos não sei se você sabe, que mal se faz, mas, no final, o bem sempre vence, então siga em frente, então siga e enfrente, seja!
A Páscoa é como um horizonte, do qual a gente se afasta, toda vez que dele se aproxima mais. A questão, é perceber, o que alimenta o que mora dentro de nós? Que tipo de impulso tem brotado de nossas entranhas? Afinal, o que sai da boca do ser humano é mais importante do que aquilo que por ela entra. ( Mc 7, 14)
Tem haver com que tipo de horizonte se descortina aos nossos olhos. Pois, no fundo, é provavel, que não exista nenhum horizonte além do que nossos olhos são capazes de enxergar. Andar por vistas, e não por fé, é inundar-se em ilusões. Onde estiver teu tesouro, ali estará teu coração. ( Mt 6, 21).
Talvez, seja por isto, que as grandes religiões funcionam com verdades absolutas, pré-estabelecidas. É o jeito mais fácil de domar esse relativismo que habita a tensão entre quem somos e quem somos chamados a ser. Objetifica o sujeito. Empobrece o individuo. Cria espaço para preguiça existencial. Torna-se fracasso espiritual. Nos faz reféns do porvir! Escravos de algoses e monstros.
Abre brechas para salteadores de esperanças. Ladrões de sonhos. Estabelece a relação de chefes e súditos. Lobos vorazes e ovelhas indefesas. Inviabiliza à autonomia, por isso, sempre desprezei esta relação abusiva e autoritária. Lol Fênix, me entenda... Nada que limita, priva, humilha, amedronta e escraviza pode assumir ser bom em sí mesmo!
O desafio da Páscoa, não era minha ressurreição, pois, morremos todos os dias quando crucificamos o mestre de amor mais uma vez com nossas vidas distantes de Deus. Ausentar-se da vida que o Divino estabeleceu para nós, é morrer mais uma vez. O propósito da Páscoa, é a ruptura com a escravidão da nossa alma nesta jornada terrena. O desafio é fazer a travessia, e não travessuras!
É convite a buscar felicidade na liberdade. Não pode-se ser limitado à apenas chocolates, doces, e prazeres de consumo alimentar ou gulouseimas. Deleitar-se com bombons é bom, melhor ainda é fazer isto na dimensão de sermos livres. Qual sua liberdade? Você é livre? Livre pra poder sorrir? Livre pra poder buscar seu lugar ao sol?
Doces ou travessuras faz parte de um modelo americanizado de transformar assombração em diversão. Páscoa não é dia das bruxas! Tão pouco Páscoa é carnaval! Se no carnaval, a enfase recai sobre festejar e celebrar a carne! Na Páscoa, a dimensão é alimentar o espirito, fortalecendo e preparando para os desafios do porvir, para as grandes provações, para o luto, o mal e a morte!
Na páscoa a alegria é plena e sem arrependimentos. Ela é em sí, a inspiração de um sentimento de completude e libertação. A páscoa é uma travessia que não se esgota em sí mesma. Demanda sempre movimento. Faz referencia a um Israel liberto do Egito, tornando-se opressor em Canaã. Lua, toda travessia exige vigilância! O mundo de lá também possui pontas soltas.
Supõe autocrítica. Requer coragem. Trata-se de um mergulho para dentro das profundezas desse desconhecido chamado eu. Tem haver com um salto deliberado e voluntário no abismo escuro que é o mundo, o outro, o tu e o eu mesmo! Páscoa não tem haver apenas com os ciclos pré determinados da natureza ou com a pretensão da confiança cega numa divindade provedora.
É uma proclamação do risco da vida. E a confissão de toda sua ambiguidade. Novamente digo Lol Fênix, travessia não é travessura! Aqui não é festa da carne, onde nos conhecemos por espelhos e enigmas. Onde o pierrot apaixonado chorou madrugadas á fio pelo amor da colombina. A Páscoa é resiliência de ser na aventura de tornar-se livre de vez, como borboletas voarem unidas por toda eternidade.
Obrigado pela bacia das almas, naquele mergulho redentor seu perfume exalou no além, um convite para meu retorno! Obrigado pelos simbolos, e efeitos das verbenácias. Resgataram minha alma da escuridão que me adormeceu. Obrigado pelo seu amor Agaphe que me envolve mesmo agora. Mas, nossa missão está apenas começando... Então, ainda não há tempo para romances! Feliz Páscoa!
Que Domingo de paz com à Lua foi esse? Foi domingo de ressurreição do meu eu que havia sido morto na minha consciência, mas, foi liberto banhado por uvas e óleos de banho e venci a morte quando retornei para a grandeza da vida. Me dê suas mãos, muito obrigado, hoje não, mas, quem sabe um dia estaremos juntos pra sempre. Beijos e até a próxima.
Dizem ser hoje o dia da mentira. Mas, hoje é o dia que a verdade ressuscitou. O Mestre de mãos furadas, nos resgatou da via dolorosa, nos protegeu da vergonha da cruz e nos deu três presentes: Um fardo, leve como pluma! Um jugo, suave como sua linda pele branca. E a liberdade da possibilidade da vida eterna. E você, quer chocolates ou ser imortal de vez? Faça sua escolha!
O Bem e o Mal foi posto diante de você, escolha o bem para que viva. Páscoa é vida! E vida com abundancia. Sou morada onde o medo não me acha, o pecado não me encontra, a violência não me alcança, a maldade não se cria, o ódio não assola, a morte não estima ação, casa favorita de descanso e felicidade. Ei! Cidade violenta, eu sou o Coelhinho da Paz! Feliz Páscoa, Cidade Feliz!
Ass: Ninho, Último Hebreu. ❤🦋❤
Tom, Coelhinho da Paz com a Alma!
Nenhum comentário:
Postar um comentário