Ó alma que busca o eterno entre os sopros do tempo,
ouve o chamado antigo como o rumor das estrelas
— quando a luz ainda era promessa
e Deus, em silêncio, desenhava destinos.
A Abraão, filho da fé sem mapa,
foi selada a aliança com o sopro do divino:
*"Abençoarei os que te abençoarem,"*
disse o Senhor,
*"e em ti serão benditas todas as famílias da terra."*
Eis Israel — não apenas terra,
mas verbo vivo da aliança.
Chama que arde no deserto dos séculos,
na memória dos ventos e na poesia dos profetas.
Bendito é o que o abençoa,
pois toca o coração de Deus com mãos puras.
Maldito é o que amaldiçoa,
pois volta-se contra o fio sagrado da promessa.
Oh peregrino da verdade,
que tua língua diga “shalom” com reverência,
e teu coração incline-se
ao mistério que floresce entre pedras e figueiras.
Pois não é ao homem que se curva quem abençoa,
mas ao propósito eterno que ali foi plantado.
Em cada oração por Sião,
há uma nota da sinfonia celeste.
Assim fala a linhagem da luz,
no idioma do céu e da terra entrelaçados.
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Autor ✍🏽: - Edson Alves
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