Em um instante fugaz, a vida se abre,
Como uma flor que desabrocha no ar.
Impermanente é a jornada que encabeça,
A brevidade que nos faz refletir e amar.
O tempo, implacável senhor das horas,
Nos lembra do efêmero que há por vez.
A cada amanhecer, a morte se semeia,
E a vida, entre suspiros, desaparece.
Como areia que escorre dentre os dedos,
Assim se esvai a grande sinfonia.
Os sonhos não contidos, os desejos não vividos,
Numa dança efêmera, em melancolia.
A juventude flutua, célebre na beleza,
Mas logo sucumbe à chama do tempo.
Os anos passam, implacáveis, sem descanso,
E a maturidade se aninha, sutil momento.
Talvez, meu caro, não há arrependimento,
Na brevidade que nos é concedida.
Pois é nessa efemeridade que buscamos sentido,
Nessa jornada efêmera que faz a vida colorida.
Portanto, celebremos cada segundo,
Como se fosse uma eternidade em flor.
Com gratidão e amor no coração,
Aproveitando cada instante com fervor.
Pois a vida, breve como um sopro de vento,
Nos ensina a valorizar cada batimento.
Nas contingências da vida, cientes estamos,
Da doçura de viver e de seu encantamento.
Assim, seguimos avançando, lado a lado,
Desbravando o caminho com vigor.
Sabendo que a melodia da vida é efêmera,
Mas que, enquanto brilhar, será um primor.
Como diz o livro de Deus,
eterno registro sagrado.
O maior, entre os mais belos da vida
É o amor, quando a Jesus todo meu ser é consagrado.
- Edson Alves
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