Sabe qual é a diferença básica entre a Colombina, o Pierrot, e o Bobo da corte? É que a Colombina atua pra ser amada, o Pierrot, em tristeza atua por amor e o Bobo da Cortê por humor. Porém, o pior deles é o Coringa que carregado de insanidade, atua na cobiça pelo poder. Ninguém quer roubar a cena, nem causar, mas, nenhuma plateia resiste a mesma apresentação durante tanto tempo. É que tudo que é demais enjoa. Saiba ser menos, ao ponto de fazer falta. Quem determina seu retorno, é seu público, não você.
Uma das coisas que aprendi com pessoas de grande sabedoria é saber sair de cena, deixar o palco, sair da roda, mudar de assunto. Perceber o exato momento de permitir que flash e holofotes sejam registrado sobre outros e não sobre você.
O convívio e interações sociais são marcadas por competição predatória. Possuir uma presença marcante, nem sempre será encarado com bons olhos. É preciso dosar. Ter equilíbrio. Pra não enjoar. Uma ideia “brilhante”, pode brilhar demais, e brilho demais ofusca mesmo.
A forma inovadora de pensar, pode inovar ao ponto de não permitir adaptação. Só que nem sempre quem nos cercam estão dispostos a deixar você brilhar e inovar sem que se pague um alto preço por seu show.
Subir no palco é bom, mas, sair de cena é a ocasião perfeita para identificar o quanto sua apresentação foi realmente marcante. É na descida do palco, que a plateia aplaude, pede bis, vibra, com gostinho de: vai fazer falta. E na falta que sua falta faz, é o tempo, Deus e o povo que serão termômetro pra saber como e quando voltar.
As pessoas merecem está chance tanto quanto você. Querer estar no palco sempre enfraquece sua imagem e sanidade. Segue a dica, tão importante quanto saber entrar, é saber se retirar em grande estilo.
Tudo tem um ciclo, e respeitar o ciclo, é sinal de maturidade espiritual, íntima compaixão, e profunda sabedoria.
Autor: Fabricio Rodrigues
Adaptado por: Edson Alves.
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