“A vida de uma criança nem sempre é um parque de diversões, às vezes roda gigante e montanha russa são disfarces ao perigo da morte, onde a gente tenta sobreviver sorrindo!”. - Edson Alves
Abri meus olhos
Desembrulhei este mundo como caixa
Mas não vi só presentes lá dentro
Aos 5 anos fui a coma.
Aos 7 andei até meus pés se esfolarem
Aos 10 quebrei minha cabeça
Minha mãe teve mioma
Depois veio a gravidez
Quando ela nos abandonou
Veio a depressão
E um buraco negro consumiu minha infância e sonhos que levava tão bem guardados aqui dentro
Vi meu sol
Se escurecer ao redor
Enfraquecendo a luz que fortalecia meu dia
Ao Sol da justiça
Eu perguntei até quando?
Até quando?
Vi pessoas indo ao santuário
Para adorar um Deus que não conheciam
Vivendo mentiras como verdades
E não seguindo o livro sagrado como deviam
Entorpecidos feito mortos, dormiam a sombra da cruz
Faces monstruosas
Disfarçadas em máscaras angelicais
Um rebanho manso
Guiados por lobos selvagens
Que aproveitavam da lã a carne
Para se auto sustentarem.
Aquilo pintou de cinzas outra vez o olhar do meu viver
Ao sol da justiça
Perguntei até quando?
Até quando as pessoas irão sofrer?
Ao sol da justiça perguntei até quando?
Até quando?
Até quando?
Até quando?
Meu dia chegou
Me apressarei
Em apresentar minhas mãos
Nelas estarão minhas obras
E a velha pergunta que não quer calar
Até quando?
Quem sabe eu a ouça soar da expressão do som alado algo como
Até quando a morte chegar!
E o sol da justiça
Finalmente brilhará!
Sol da justiça até quando?
Até quando ficaremos sem ver tua luz brilhar
Até quando teu povo sofrerá?
Brilhará pra sempre
Edson Alves
Versão: Menino Sol
Poesia falada: O Sol Pelo Olhar de Uma Criança
Tom: Perspectivo e Retrospectivo.
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