Para que ninguém diga que esqueci da velha e querida equipe do Bem.
Enquanto a humanidade precisou passar 220 primaveras, para aprender a dar melhor atenção aos poemas que movem as estações como fases da nossa vida, nos fazendo florescer como rosas no asfalto quente ou flores em meio ao deserto.
Eu mal sobrevivi a epidemia global de 2020 longe do afago e cuidado do abraço de vocês. E este poema expressa tão bem está saudade e amor que sinto, que decidi transcrever aqui e recita-lo no áudio via zap para alguns amigos íntimos:
Quando a tempestade passar
E as estradas se amansarem.
E formos sobreviventes
de um naufrágio coletivo.
Com o coração choroso
e o destino abençoado
Nós nos sentiremos bem-aventurados
Só por estarmos vivos.
E nós lhe daremos um abraço
Ao primeiro desconhecido
E nós elogiaremos a sorte
de manter um amigo.
E aí nós vamos lembrar
Tudo aquilo que perdemos
e de uma vez aprenderemos
tudo o que não aprendemos.
Não teremos mais inveja
pois todos sofreram.
Não teremos mais desidia
Seremos mais compassivos.
Valerá mais o que é de todos
Que eu nunca consegui
Seremos mais generosos
E muito mais comprometidos
Nós entenderemos o quão frágil
O que significa estar vivo?
Vamos suar empatia
por quem está e quem se foi.
Sentiremos falta do velho
que pedia peso no mercado,
que nós não soubemos o nome dele
e sempre esteve ao seu lado.
E talvez o velho pobre
Era Deus disfarçado.
Você nunca perguntou o nome
Porque você estava com pressa.
E tudo será milagre
E tudo será um legado
E a vida será respeitada.
A vida que ganhamos.
Quando a tempestade passar
Eu te peço Deus, triste.
Que você nos torne melhores.
como você nos sonhou.
(K. O ' Meara - Poema escrito durante a epidemia de peste em 1800)
- Edson Alves em meio à epidemia global de 2020.
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