MIRANDA E O MILAGRE DA CRIAÇÃO

O som da chuva despenca 

Ao som, como peso e trovão

Eis que ela se ergue da terra

Eis, ela ressurgi das águas 

Transparentes, iluminada,
E cristalinas...

Das fontes supremas, águas do mar

Com graça e doçura 

faz surgir em si o próprio verão!

Ela grita pra solidão!

Eu sou presença!

Me sinta aqui!

Na calma de todo mergulho 

Não importe quantas vezes

- Eu mesma, seja lançada ao chão!

Ela declara pra vida!

Embora em silêncio 

Sua energia se faça ouvir

Não quero descanso!

Descanso me cansa!

Não quero dormir!

Meu sono é sonho!

Viver é minha realidade!

Mas, que ninguém se atreva furtar minha paz. 

Ela age sempre com ar solidário 

Daquele que cita e cora o semblante inocente

Envergonhando a face ingênua do eterno aprendiz 

Ela ensina a ser mestre de si mesmo 

A não se sujeitar ao cabresto 

A não se anular no lodo da culpa

A abandonar o peso de toda condenação 

A não provocar a auto punição 

Ela pergunta:

Quer pecar? Seja forte, peque sem medo! 

Pois, não existe pecadinho! Nem pecadão! 

Mas, se tiver que pecar!
Deixa-me lhe contar um segredo
Nada de acusação.

Lhe ofereço perdão!

Quer amar?

Ela afirma: Entrega-te a ti mesmo!

Oferece o relicário e o rubi!

Do seu precioso e nobre coração 

Ingrid Miranda como ser Alado

És um anjo? Anjo guardião! 

Minha memória redenção! 

Em segundos de mergulho

Em um oceano de lágrimas!

Sem nenhum arrependimento!

Ela me ergue do chão! 

Ela diz: Agora fica! 

Pois, se não, eu ei de partir!

Se és amigo, fica, agora fica aqui!

Como sol se despede no final de tarde!
Lágrimas brotam como correnteza no olhar
E como semente que pra crescer
Precisa antes morrer, seu amigo parte
Parte sem nada dizer
Coberto pelas nuvens dos céus
Ele some com as águas do mar
Como o milagre da criação
Se eterniza como poema
No celular da velha amiga. 

- Poesia Dupla

Ingrid Miranda e Edson Alves

Conto: Desafios da Vida

Amizade Pura!

Miranda - O Milagre da Criação!