Águas amargas de Janeiro, mostram um Rio sem sabor do brasileiro ao mundo inteiro. Onde se havia o mal cheiro da descarga da corrupção, agora se prova a necropsia política saindo das torneiras para matar a sede de um povo que serve a um governo que quando não faz sujeira, nem besteira, nada faz. Por enquanto, nada faz mesmo. No lugar da beleza, agora é só tristeza.
Em Minas não tem cerveja pra beber, aqui não se bebe água sem carvão. Em Minas, o problema é piada. No Rio se piada, é de mal gosto. Em janeiro que desgosto. Pergunte ao Juiz, se é justo nosso estado sofrer? Pergunte ao Bispo, se tem fé que a Cidade vai melhorar? A sensação é que tudo parece uma zona. E nas águas onde se lavava dinheiro, lavaram a bunda, por faltar papel no lugar.
O Rio de Janeiro que foi lindo, está mesmo uma bosta. Ele em janeiro, não seca nem enche. O Rio transborda. O Rio que era doce, ficou amargo. Se não mata na violência dos morros. Assassina no deslizamento de encostas. Mas, em fevereiro, a canção iludi ao som de "Não deixe o samba morrer! Não deixe o samba acabar!". E quem morre é o povo que desidrata sem saber sambar.
O Rio de Janeiro dançou mesmo. Nunca esteve tão largado. Seguimos a deriva. Falta quase tudo, de água potável á dignidade de ter salário em dia. As águas do Rio foram contaminadas. Impróprias para experimentar, para saciar e até para refrescar. No lugar do sabor, não há mel, há fel. É um cloro demais aqui. É um carvão de menos lá. Mas, o governo diz que está tudo no lugar.
O Rio que refletia o brilho de sóis, luas e estrelas, agora é Rio com águas turvas, desagradaveis, repleta de sujeira. O carioca até sente que seu Rio em Janeiro continua lindo, embora em unanimidade se admita, com águas tão amargas, não permanece sendo. Ninguém sabe como se perdeu o encanto das fontes, desaguado em poluídas praias.
Talvez ninguém se atreva dizer, que não existe razão melhor que a privatização. Então, seja da tentiva do "pezão" do Cabral, no ritmo ouro por espelho. Ou com um juiz militarizado de mão limpa e leve, em total desespero. O maior patrimônio da humanidade, terá seu fornecimento terceirizado. Já que dizem ser a solução para fatos que não existem razão.
E a CEDAE, que administrava com lucro, começa a ter perda, de qualidade, ao nosso bolso. Cadê nossos espelhos? Pra gente olhar nossa cara de vergonha por sofrer um roubo autorizado por Lei. Afinal, aqui no Rj, executivo, legislativo e judiciario encarnaram uma bandeira só.
Talvez ninguém se atreva dizer, que não existe razão melhor que a privatização. Então, seja da tentiva do "pezão" do Cabral, no ritmo ouro por espelho. Ou com um juiz militarizado de mão limpa e leve, em total desespero. O maior patrimônio da humanidade, terá seu fornecimento terceirizado. Já que dizem ser a solução para fatos que não existem razão.
E a CEDAE, que administrava com lucro, começa a ter perda, de qualidade, ao nosso bolso. Cadê nossos espelhos? Pra gente olhar nossa cara de vergonha por sofrer um roubo autorizado por Lei. Afinal, aqui no Rj, executivo, legislativo e judiciario encarnaram uma bandeira só.
Só sabe que foi em janeiro
Um Rio amargo nos deu.
Necropsia politica potrificada
Das torneiras ás correntes estomacais.
Águas do Rio em janeiro estiveram sujas demais.
Necropsia politica potrificada
Das torneiras ás correntes estomacais.
Águas do Rio em janeiro estiveram sujas demais.
- Edson Alves
Versão: Cristalino
Tom: Contaminado
Conto: Um Rio de águas impróprias.
Um janeiro de sabor amargo.
Cidade sem paladar.
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